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Como foram as importações dos defensivos no 1º semestre?

Impactos da falta de contêineres que já vinha sendo sentido pelo setor ainda não se normalizou


Foto: Divulgação

Pelo fato de do Brasil ser um grande importador de princípios ativos e de defensivos agrícolas, fatores como logística, produção dos países
fornecedores e aumento da demanda por outros países podem influenciar diretamente na oferta interna e nos preços dos produtos nos períodos críticos da safra. Após o período mais crítico da pandemia do coronavírus, os impactos da falta de contêineres que já vinha sendo sentido pelo setor ainda não se normalizou.

De acordo com o relatório da consultoria Agro Itaú, os principais países fornecedores têm encarado cenários desafiadores em relação à oferta de químicos. Enquanto a Índia tenta solucionar o grande número de casos de coronavírus no país, a China continua em processo de adequação das indústrias às legislações ambientais que, por sua vez, acabam reduzindo o volume de produção. Esse cenário de oferta limitada, aumentos nos custos de produção e no transporte marítimo, resulta na elevação dos preços Importados.

Importação de defensivos no 1º semestre de 2021

As importações de defensivos em dólares no acumulado de janeiro a junho de 2021 apresentaram queda de 2,8% comparado com o mesmo período de 2020. Os maiores colaboradores para a redução foram os segmentos de inseticida (-2,7%) e fungicida (-38,5%), enquanto os herbicidas apresentaram alta de 36,7% Nos herbicidas, o aumento expressivo nos volumes e no valor de importação se deve às aquisições do 2,4-D e na classificação dos produtos enquadrados como “outros herbicidas” nas informações do Secex (Secretaria de Comercio Exterior). O glifosato por sua vez, no comparativo de janeiro a junho, está com volume 49% menor quando comparado ao ano passado. É  importante ressaltar que neste período a importação de glifosato é sazonalmente mais baixa, sendo que a concentração do recebimento é de julho a outubro.

Diante disso, há preocupações em relação ao pleno suprimento no Brasil dada a diminuição de oferta do produto pela China, um dos maiores fornecedores do defensivo. A principal consequência da redução da disponibilidade de glifosato é que não há substituto direto (perfeito) do produto, de tal modo que é necessário uma combinação de diferentes grupos de herbicidas (para folhas largas e estreitas) para obtenção do mesmo resultado.

No segmento dos fungicidas, tanto o volume quanto o valor de importação estão menores do que no ano passado no acumulado até junho.
Sobre o volume, parte da redução pode ser associada ao clima mais seco que a normalidade nas principais regiões produtoras o Brasil, que acaba reduzindo incidência fúngica. Na contramão do subsegmento, vale destacar a performance do Mancozebe, produto utilizado para combate de fungos em diversas culturas, entre elas soja e algodão, que apresentou volumes importados 25% maiores do que o ano anterior no acumulado, e estão chegando com preços médios menores em 4,5%

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