Como gerir o gado em inundações
"Se for restrito aos níveis de sobrevivência, sugiro começar com vacas vazias e novilhos"
Agrolink
- Leonardo Gottems
Em um contexto de emergência, o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (INTA) recomenda práticas fundamentais como readequação de carga e manejo de pastagem, priorização de categorias e combinação com recursos forrageiros disponíveis para tentar reduzir as perdas causadas por inundações. De acordo com Osvaldo Balbuena especialista em alimentação e gestão da INTA Colonia Benítez, a Argentina vem sofrendo bastante com as múltiplas chuvas.
“O contexto merece fazer uma espécie de ordenamento rebanhos reprodutores visando avaliar a condição corporal, especialmente em vacas, e determinar a idade aproximada de bezerros ao pé da mãe. Isso nos permitirá tomar decisões como, por exemplo, o desmame precoce, uma prática fundamental neste momento de emergência”, indica.
Ele observou que "a ferramenta mais eficaz disponível é a separação dos bezerros, permitindo que eles se alimentem adequadamente e que sejam cuidados em superfícies acessíveis e reduzidas, enquanto uma diminuição das necessidades nutricionais das vacas é alcançada. Quanto ao rebanho em geral, é importante utilizar potreiros baixos, a fim de reservar as partes mais altas para quando as baixas se inundarem".
Em todos os casos, ele recomendou a importância de procurar um veterinário sobre a necessidade da aplicação de antiparasitários e vacinas. Em relação à comida durante a emergência, Balbuena recomendou a implementação de alternativas como grãos e subprodutos da agricultura e agroindústria.
"Se for restrito aos níveis de sobrevivência, sugiro começar com vacas vazias e novilhos. Em animais em crescimento, você pode alcançar níveis de manutenção, eventualmente, restrição, mas por um curto período de tempo.”, conclui.