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Como minimizar impacto do “El Niño” na produtividade de arroz

Conselhos do diretor técnico da Federarroz, Valmir Menezes



O diretor técnico da Federarroz, Valmir Gaedke Menezes, afirma que é possível minimizar o impacto do fenômeno climático “El Niño” na produtividade de arroz na safra 2014/15. “Do ponto de vista de planejamento e atitudes, os arrozeiros devem se preparar para a possibilidade da ocorrência de um El Niño forte e a probabilidade de a sua lavoura esteja no centro do fenômeno”, diz ele.


Ele aconselha os produtores a: “evitar a semeadura em áreas sujeitas a inundações; intensificar o preparo do solo (para aqueles que ainda não prepararam as áreas para o próximo ano) para que nos poucos dias úteis sejam dedicados somente a semeadura; semear toda a sua lavoura nos meses de setembro e outubro para que o florescimento das plantas de arroz ocorram no final de dezembro até o início de fevereiro, pois é quando se terá mais radiação solar em função dos dias mais longos; ter cuidados especiais com insetos e doenças, pois com a temperatura e a umidade relativas mais elevadas há condições favoráveis para o desenvolvimento dos mesmos; e não reduzir os investimentos em tecnologia, embora saiba-se que nestes anos o retorno será menor. Mas sempre será maior do que nas áreas de baixa tecnologia, pois o impacto dos estresses causado pelo fenômeno é menor nas áreas com maior tecnologia, principalmente a semeadura na época recomendada.”

Ele vai além e acrescenta que, para os arrozeiros que semeiam soja em solos cultivados com arroz, é importante “não semear áreas baixas com dificuldade de drenagem e melhorar a macrodrenagem da área e aumentar o número de drenos com envaletadeira. Além disso, antecipar o preparo do solo, semear cultivares menos suscetíveis ao estresse hídrico e cuidados especiais com pragas e doenças, principalmente a ferrugem asiática, são medidas recomendáveis. A semeadura em micro camalhões este ano pode fazer a diferença, não importa como eles sejam feitos”.


“Para finalizar, ressalta-se a importância do seguro agrícola que cubram danos eventuais por estresses do ambiente. Por isto, que além dos seguros obrigatórios, seria importante os agricultores fazerem “seguros” em grupos como muitos arrozeiros já fazem. Procurem informações junto a associações de arrozeiros que já utilizam este sistema”, conclui.

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