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Como será o inverno na cafeicultura?

Estação não deve ter atuação de fenômenos como El Niño e La Niña


Foto: Pixabay

Segundo previsões do Climate Prediction Center ( NOAA), divulgadas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), o inverno que começa no próximo dia 20 não deve ter atuação de fenômenos como El Niño e La Niña.

Sul e Sudeste são as regiões que experimentam as maiores quedas de temperatura nesta estação. Neste ano a expectativa é de chuvas abaixo da média nas principais áreas cafeeiras como Minas Gerais e Paraná. As temperaturas também deve variar, ficando acima da média para a estação em todo o Espírito Santo e os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Há grande possibilidade de as temperaturas ocorrerem acima da média nas regiões cafeeiras das Matas de Minas e no Sul de Minas. As temperaturas também poderão ficar acima da média no Triângulo Mineiro, Oeste do Estado e nas regiões Metropolitanas de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce. Destaca-se, no entanto, que em julho, a região mais ao norte de Minas, bem como a Região Metropolitana de BH possam experimentar temperaturas mais baixas do que em outras partes do Estado.

O chamado inverno meteorológico que teve início um pouco mais cedo, com a entrada das frentes frias que baixaram as temperaturas a partir de meados de maio e trouxeram chuvas para as regiões cafeeiras no início da atual safra, contribuiu para que os cafés tivessem o processo de maturação mais acelerado, reduzindo assim a janela para colheita do café cereja e aumentando a possibilidade de colheita de cafés já secos no pé, além de aumentar o volume de cafés caídos no solo. Isto tem favorecido a produção de cafés de baixa qualidade de bebida nesta safra. Logo, os produtores que tiverem boa capacidade de secagem no pós-colheita, devem acelerar sua colheita.

Apesar de 2020 ser um ano de alta safra, como o inverno neste ano poderá ser mais seco com temperaturas acima da média para todo o Brasil e pelo fato de muitas lavouras estarem apresentando um alto desfolhamento, devido à elevada produtividade, as produções para a safra 2021 poderão ser afetadas. Assim, os produtores devem se preparar para realização de podas o mais breve possível, logo após a atual colheita.
 

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