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Compactação do solo é desafio para agricultura

“A recuperação pode levar décadas”, alerta especialista


As principais estratégias para enfrentar a compactação do solo, um dos principais desafios da mecanização agrícola, foi o tema da palestra de Thomas Keller, no 41º Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola e 10º Congreso Latinoamericano y del Caribe de Engenharia Agrícola, que se realiza em Londrina até a próxima quinta-feira.


Especialista em mecânica de solo, Keller atualmente é cientista sênior do Departamento de Recursos Naturais e Agricultura (Agroscope), em Zurique Suíça, professor universitário e presidente do Grupo de Trabalho sobre Consolidação subsolo do Internacional de preparo do solo Research Organization Istro. para ele, os recursos do solo estão sob pressão devido ao crescimento populacional e à intensificação da agricultura. A compactação (redução da porosidade do solo), devido ao tráfego nas lavouras é uma das principais ameaças à qualidade do solo sustentável.

Segundo o especialista, as boas condições de uma área dependem do manejo do solo e das máquinas. Práticas adequadas vão melhorar a resistência do solo ao tráfego do maquinário. Evitar a compactação exige cuidados como o controle da umidade do solo para minimizar os danos provocados pela mecanização, incorporação de matéria orgânica, o uso de plantas com sistema radicular mais profundo, e estabilização do solo. “Os sistemas de semeadura direta (como o plantio direto) podem minimizar os riscos”, afirma Keller. “A compactação pode ocorrer em poucos segundos. A recuperação pode levar décadas”, alerta.

Ele explica que a compactação não só reduz o volume de poros, mas modifica a geometria dos poros. Isso afeta serviços ecológicos importantes do solo e funções, como as propriedades hidráulicas, em fase gasosa de transporte ou o crescimento da raiz. “A compactação do solo está, portanto, associada a muitos problemas ambientais e agronômicos, como a erosão, lixiviação de nutrientes e pesticidas para massas de água receptoras, as emissões de gases de efeito estufa e perdas de rendimento das culturas”, afirma.


Os organizadores do CLIA/CONBEA/ são a Associação Brasileira de Engenharia Agrícola (SBEA), Asociación Latinoamericana y del Caribe de Ingeniería Agrícola (ALIA), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e EMATER. Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Londrina Convention & Visitors Bureau são os apoiadores.

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