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Compra chinesas animam soja no Brasil

Com subida dos prêmios nos portos e do Dólar, era inevitável a alta dos preços da soja


Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea, os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a terça-feira (12.02) com preços médios da soja subindo em 0,17% na média sobre rodas nos portos, para R$ 77,37/saca, elevando os ganhos de fevereiro para 0,40%. No interior a alta foi de 0,25%, para R$ 72,57/saca, elevando os ganhos do mês para 0,44%, porque melhorou a demanda externa sobre farelo e interna sobre o óleo.

“Hoje foi dia de compras da China: A empresa estatal chinesa Sinograin comprou três cargos de soja argentina e seis cargos do Brasil. Com isto, elevou em 5-10 cents os prêmios em geral: no Brasil foram 5 cents para os embarques de março, 7 cents para os de abril, 3 para os de maio, enquanto junho permaneceu inalterado”, informa a T&F Consultoria Agroeconômica, 

Cada cargo equivale, explica o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco, a aproximadamente 60-66 mil toneladas, conforme o tamanho do navio Panamax: “Com isto, Chicago subiu 12,5 cents/bushel ou 1,38%. O dólar no Brasil, por sua vez, também subiu expressivos 1,31%. Com a alta dos prêmios, para coroar o dia, era inevitável a alta dos preços da soja que nesta terça-feira”. 

FUNDAMENTOS

Os mapas climáticos atualizados hoje trazem a reafirmação de um padrão de chuvas intensas sobre o Centro-Sul do Brasil e um período de estiagens sobre a Argentina, aponta a Consultoria AgResource: “Em linhas gerais, os índices pluviométricos de 25-80mm acumulados entre 12 e 17 de fevereiro para 89% da região de safrinha brasileira traz um ‘conforto climático’ para o produtor que já tem, ou está colocando, sua semente no chão”. 

“Além do mais, a falta de chuvas sobre a Argentina irá contribuir para a estabilização dos níveis de umidade do solo e para um bom desenvolvimento vegetativo. Entretanto, a duração destas estiagens já preocupa alguns produtores. Há regiões no Centro-Sul do país que poderão enfrentar entre 10-15 dias de recesso de chuvas, pelo menos. As previsões carecem de confirmações consecutivas para aumentar a credibilidade”, conclui a ARC Mercosul.

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