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Compra chinesas dos EUA devem acelerar

A China promete comprar 52% a mais que o ano passado


Foto: Divulgação

Em entrevista ao canal de YouTube ConnectedFarmer, o presidente e CEO do Conselho de Grãos dos EUA, Ryan LeGrand, se demonstrou otimista com relação a futuras compras chinesas dos EUA no segundo semestre. O órgão representado por LeGrand tem como associados produtores de milho, sorgo, cevada, etanol e grãos secos de destilaria. 

A China promete comprar 52% a mais que o ano passado de commodities agrícolas de origem norte-americana e alcançar US$ 36.5 bilhões. No caso do milho, se espera que as compras cheguem a 10 milhões de toneladas, segundo alguns analistas privados. Apesar da preferência clara pelo Brasil, LeGrand avalia que as compras recentes da China indicam as intenções de maiores compras de origem norte-americana. 

"O novo acordo entrou em vigor a menos de quatros meses e tivemos uma pandemia no meio. Não entro em números específicos, mas é clara a boa fé e o esforço para cumprir o acordo. Eles já estão perto desse volume de 10 milhões de toneladas se for vista a lista de navios agendados," declarou. 

No que diz respeito ao sorgo, cultivo alternativo ao milho com menor custo e com os EUA como protagonista nas exportações, ele acredita que a China superará os 5 milhões de toneladas em compras. "Há um aumento de produção de frangos na China. Eles precisarão de grão de algum lugar e os Estados Unidos são um fornecedor confiável," analisou.  

O presidente do Conselho de Grãos ainda anunciou um acordo fitossanitário histórico que permitirá aos Estados Unidos exportar cevada pela primeira vez à China. O cultivo entraria na lista de exportações aos chineses. Tipicamente, a cevada é comprada da Austrália, mas esta enfrenta disputa comercial ainda maior com o gigante chinês.  

Durante a entrevista, LeGrand também comemorou a atualização do acordo do Nafta, onde o México compra 30% das exportações americana de milho e o Canadá, que também é grande comprador de etanol e grão de destilaria.  

"O que se mostrou durante a pandemia é a confiança que os importadores devem ter nos Estados Unidos. O sistema funciona. O porto de Nova Orleans nunca esteve fechado. Os trabalhadores do porto trabalharam muito duro e são verdadeiros heróis para garantir que os barcos saiam," concluiu.

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