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Comprador de soja questiona peso nas cargas de Paranaguá (PR)

Importadores estão reclamando que as cargas oriundas do Porto de Paranaguá estão chegando com volumes inferiores


Alguns dos principais importadores da soja brasileira estão reclamando que as cargas oriundas do Porto de Paranaguá estão chegando aos destinos com volumes inferiores aos comprados oficialmente. Os compradores informaram que têm recebido os carregamentos do grão com uma diferença de até 1,2% a menos, quando o limite máximo seria de apenas 0,5%.

Para tentar encontrar uma solução e evitar qualquer tipo de embargo comercial, foi marcada para quarta-feira (10-01) uma reunião no Paraná para que os procedimentos de controle determinados pela Associação Nacional dos Exportadores de Grãos (Anec) sejam oficializados. Além disso, a assessoria de imprensa do porto informou que as empresas que operam os terminais apresentarão os investimentos feitos no controle de peso de carga.

Embora a responsabilidade parece recair sobre os donos da carga e não ao Estado, a assessoria de imprensa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) informa que a atual gestão investiu R$ 340 mil na instalação de sete balanças no corredor de exportação, além da instalação de balanças de plataforma nos portões de acesso do Porto de Paranaguá. Segundo a nota, são seis balanças instaladas em todos os portões de acesso à faixa portuária para o controle da entrada e saída dos veículos no porto.

Além disso, alguns importadores chineses detectaram que o limite máximo de 0,5% na diferença de volume tem sido sistematicamente utilizado pelos 12 terminais que operam no porto de Paranaguá. Dessa forma, existem suspeitas de que os navios já são carregados com o volume inferior ainda na origem.

Essa não é a primeira vez que o porto de Paranaguá enfrenta problemas no peso das cargas. Há cerca de cinco anos, as diferenças nos volumes embarcados e auferidos nas balanças foram alvo de inúmeras críticas dos compradores internacionais. Reuniões ocorridas na Associação Comercial com o ex-superintendente da APPA buscavam esclarecer as responsabilidades e definir soluções para o problema, que afetava a imagem do terminal no cenário internacional.

Estatísticas divulgadas pela APPA mostram que entre janeiro e novembro de 2006 foram exportadas por Paranaguá 4 milhões de toneladas de soja, 4,72 milhões de toneladas de farelo e 1,29 milhão de toneladas de óleo. Os volumes representam uma retração ao mesmo período do ano anterior, quando foram embarcados 5,18 milhões de toneladas de soja em grão, 5,14 milhões de toneladas de farelo e 1,5 milhão de toneladas de óleo.

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