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Comunicação de vacinação é de apenas 19% em Rondonópolis (MT)

Das 1.960 mil comunicações de vacinação contra a febre aftosa esperadas, somente 380 foram entregues


A menos de 20 dias do último prazo, apenas 19,38% dos pecuaristas de Rondonópolis informaram a vacinação do rebanho bovino e bubalino ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Isto quer dizer que, das 1,960 mil comunicações de vacinação contra a febre aftosa esperadas, somente 380 foram entregues até ontem. Na Regional Sul do Indea, que engloba 32 Municípios, o índice de comunicação é de 20,6%. Na região, a expectativa é que sejam informadas 2,9 mil imunizações.

O veterinário da Regional Sul do Indea, Osmane Gabriel Vieira, considera que é baixo o número de pecuaristas que informaram a vacinação do rebanho. Ainda assim, ele garante que o resultado é melhor que o do ano passado. A tendência é a maioria dos criadores informarem que já vacinaram o rebanho somente a partir da semana que vem. “Sempre fica para a última hora”, diz. O dia 10 de dezembro é a data limite para informar a imunização dos animais. O prazo para vacinação termina no dia 30 de novembro.

Apesar da demora na comunicação da vacina –especialmente este ano, quando os pecuaristas começaram a fazer a aplicação mais cedo por causa da chuva, que também foi precoce-, a expectativa do Indea é de manter o índice de vacinação acima de 99%, como em anos anteriores. “Como começou a chover mais cedo, os pecuaristas anteciparam a época da imunização com medo de os currais virarem lama”, explica.

Na etapa de maio, quando são vacinados contra a aftosa animais com até dois anos, cerca de 27 propriedades rurais deixaram de imunizar parte do rebanho dentro do prazo estabelecido. Nessa fase da campanha de vacinação, 44 autuações foram emitidas pelo Indea, sendo 13 em função da não comunicação e 31 pela não vacinação. Vieira explica que o pecuarista que não informar ao Indea que aplicou a vacina contra a aftosa está sujeito a penalidades.

Se a comunicação foi feita fora do prazo estabelecido pelo órgão, o criador sofre advertência e tem a movimentação da ficha sanitária suspensa pelo dobro do tempo de atraso na informação da vacinação. A suspensão é de 30 dias para todos aqueles com atraso de um a 15 dias. Se a vacinação não for comunicada, o pecuarista terá que pagar multa de R$ 59,10 por animal sem documentação.

Já os pecuaristas que não fazem a imunização dentro do prazo legal têm que realizar a vacinação assistida, com a supervisão de um técnico do Indea. Ao fim do trabalho, 100% do rebanho acaba sendo imunizado contra a doença. Após o término da campanha contra a febre aftosa, o criador precisa de uma autorização do órgão para comprar a vacina nas revendas.

Assentamentos – Para vacinar o rebanho de pequenos produtores rurais assentados o Indea, em parceria com o Fundo Emergencial Contra a Febre Aftosa (Fefa), se utiliza dos vacinadores –veterinários contratados para fazer a imunização dos animais. Para os Municípios atendidos pela Regional Sul do Indea existem três vacinadores. Vieira destaca ainda que os a maioria dos assentamentos possui comitês com vacinadores treinados. Dos 18 existentes na região, apenas 2 não possuem comitês.

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