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Conab aponta produção recorde de soja e queda do milho em MS e MT

MS deve produzir até 12,1 mi de t de grãos e MT até 41,4 mi de t


MS deve produzir até 12,1 mi de t de grãos e MT até 41,4 mi de t

O primeiro levantamento da safra 2012/2013 de grãos divulgado nesta terça-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirma as projeções feitas por especialistas de que Mato Grosso do Sul deve ter no ciclo uma produção recorde de soja, mas, em contrapartida, aponta uma redução para o milho nos dois períodos de produção (verão e inverno).

A produção total de grãos do estado, conforme a Conab, deve passar das 11,2 milhões de toneladas registradas no ciclo passado para um patamar entre 11,9 milhões de toneladas e 12,1 milhões de toneladas, no ciclo atual, o que representa um percentual de crescimento entre 6,8% e 8,6%.

Esse crescimento, de acordo com os dados do órgão, será alavancado principalmente pela previsão do aumento da produção de soja que deve ser o maior da história do estado, variando entre 6 milhões de toneladas e 6,2 milhões de toneladas, contra as 4,6 milhões registradas na safra 2011/2012.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), Almir Dalpasquale, lembra, entretanto, que os dados divulgados pela Conab representam uma expectativa e que a confirmação depende das condições climáticas enfrentadas pela lavoura.

"É quase um tiro na água. O cálculo da Conab é feito levando em conta principalmente o tamanho da área que vai ter um aumento significativo no Estado, passando de 1,815 milhão de hectares para um patamar entre 2 milhões de hectares e 2,100 milhões de hectares. Mas a produtividade das lavouras vai depender do clima", comenta.

O levantamento da Conab também indica uma redução da produção de milho em Mato Grosso do Sul. Na primeira safra, a cultura deve contabilizar uma queda de produção variando entre 26,1% e 30,2% em relação ao ciclo anterior, caindo de 458,9 mil toneladas para um volume entre 320,3 mil toneladas e 339,1 mil toneladas.

Na segunda safra, período em que um maior número de produtores do Estado investe no cultivo do grão, a queda percentual na comparação dos dois ciclos é menor, mas em volume tem um impacto bem maior. Se na "safrinha" 2011/2012 os agricultores sul-mato-grossenses colheram 5,7 milhões de toneladas de milho, na 2012/2013, a produção não deve ultrapassar os 5,2 milhões de toneladas, de acordo com a Conab.

O presidente da Aprosoja/MS diz que a redução da produção do milho na safra de verão pode ser explicada pelos altos preços da soja no mercado internacional, o que fez com que a maioria dos produtores optasse pela oleaginosa neste momento.

Quanto a "safrinha", Dalpasquale comenta que o produtor ainda não consegue visualizar o cenário dos preços futuros e está cauteloso. "Na safrinha 2011/2012 tivemos sorte, porque a quebra da produção norte-americana alavancou os preços do milho, se não fosse isso, com a produção recorde que tivemos os preços teriam despencado. Para a próxima não é possível analisar ainda o quadro. O produtor tem receio de investir, produzir muito, os preços caírem e ele sofrer prejuízo", explica.

Mato Grosso
Em Mato Grosso, maior produtor de grãos do País, a Conab projeta que a produção pode sofrer um incremento de até 2,6% nesta safra, passando de 40,4 milhões de toneladas para 41,4 milhões de toneladas.

Assim como em Mato Grosso do Sul, o aumento da produção será puxado pela soja. O indicativo é de que a produção do estado cresça entre 6% e 10%, saltando das 21,8 milhões de toneladas do ciclo passado para um volume entre 23,1 milhões de toneladas e 24,2 milhões de toneladas.

A exemplo do estado vizinho, a produção de milho também deve cair em Mato Grosso. No cultivo de verão, entre 9,2% e 15% em relação ao mesmo período da safra anterior, passando de 584,5 mil toneladas para uma quantidade entre 496,5 mil toneladas e 530 mil toneladas.

Na "safrinha" mato-grossense a estimativa da Conab de redução da produção de milho é 6%, caindo das 15 milhões de toneladas para 14,1 milhões de toneladas.

Brasil

Em âmbito nacional, a Conab prevê que o Brasil dever ter um aumento de produção de grãos de 7,2% a 10%, passando de 165,7 milhões de toneladas para um volume entre 177,6 milhões de toneladas e 182,2 milhões de toneladas na nova safra.

A produção de soja deve ter o maior incremento, de 20,6% a 24,8%, pulando de 66,3 milhões de toneladas para um número entre 80 milhões de toneladas e 82,8 milhões de toneladas. Já o milho, somando os cultivos de verão e de inverno pode variar da queda de 1% até alta de 0,9%, passando de 72,5 milhões de toneladas para um volume entre 71,8 milhões de toneladas e 73,2 milhões de toneladas.

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