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Conab eleva previsão de colheita de trigo do Brasil; vê 2ª maior safra de algodão

Dados foram divulgados no mesmo relatório em que a Conab apontou uma safra recorde de soja.


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou nesta quinta-feira a projeção da safra de trigo do Brasil neste ano para 4,9 milhões de toneladas, ante 4,66 milhões na previsão de abril.

O país produziria mais do que as 4,26 milhões de toneladas registradas na temporada passada, quando o clima adverso atingiu as lavouras do Paraná, principal produtor nacional.

O aumento da estimativa foi feito após a Conab aumentar ligeiramente a previsão de plantio no país para quase 2 milhões de hectares, apesar do clima seco que tem atingindo as plantações do Paraná, que colhe mais da metade do trigo do Brasil.

“O plantio já devia estar acelerado entre as regiões oeste e norte do Estado. Infelizmente, a estiagem que assola o interior atrapalha esse início de safra de inverno”, afirmou a Conab em relatório.

O Deral, órgão do governo do Paraná, informou nesta semana à Reuters que o plantio no Estado está no menor ritmo em ao menos dez anos.

Na temporada atual, a Conab vê um crescimento de mais de 4 por cento na área plantada do Brasil, com os preços melhores que no ano passado incentivando produtores.

Se a safra se confirmar, o Brasil, um dos maiores importadores globais de trigo, deverá comprar 6,5 milhões de toneladas do cereal no exterior, volume estável ante 2017.

Os dados foram divulgados no mesmo relatório em que a Conab apontou uma safra recorde de soja.

ALGODÃO

A Conab elevou a previsão de safra de algodão para 1,94 milhão de toneladas (pluma), ante 1,86 milhão de toneladas na previsão de abril, representando também um salto de 27 por cento na comparação com a temporada passada.

Caso se confirme a previsão, será a maior safra de algodão desde 2010/11, quando o Brasil colheu um recorde de 1,96 milhão de toneladas.

“A comercialização da safra 2016/17, aliada às boas perspectivas atuais de mercado gerou um ambiente de otimismo no setor produtivo, aumentando a área de cultivo”, explicou a Conab.

“Em Mato Grosso (maior produtor do país), boa parte das áreas da região leste do Estado já se encontra com a maçã formada. Na Bahia, na região do extremo oeste, a colheita deve iniciar em junho”, destacou a companhia.

Segundo a Conab, a comercialização antecipada da safra 2017/18 se encontra em torno de 70 por cento da produção projetada.

Com uma grande produção, o Brasil deverá exportar em 2017/18 975 mil toneladas da pluma, ante 834 mil toneladas na temporada passada, segundo a Conab, que aponta a exportação no ciclo atual no maior nível desde 2011/12, quando os volumes vendidos ao exterior superaram 1 milhão de toneladas.

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