O levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado ontem (28-04), apontou queda na produção de milho, que totalizará 42,7 milhões de toneladas, ou seja, 10% inferior à safra 2002/03 (47,4 milhões de toneladas) e 7,9% à pesquisa de fevereiro (46,3 milhões de toneladas). A maior variação ocorrerá na segunda safra do grão, que terá a área reduzida em 9,5% sobre o ano anterior (3,5 milhões de hectares), chegando a 3,2 milhões de hectares.
A seca no Sul do país, principalmente no Paraná, maior produtor do milho, impediu o plantio da segunda safra da cultura. Neste Estado houve diminuição na área de 217 mil hectares e de produção de 1,6 milhão de toneladas sobre 2003. A expectativa é que o Paraná colha 3,9 milhões de toneladas do grão.
Como não há previsão de chuvas regulares para as principais regiões produtoras da segunda safra de milho, a Conab acredita que o déficit hídrico continuará sendo um problema para o desenvolvimento da lavoura. Por isso, a estimativa da estatal é de uma produção de 9,7 milhões de toneladas (queda de 23,9% sobre as 12,7 milhões de toneladas em 2003). Apesar da redução da safra total de milho, não há previsão de problemas no abastecimento, uma vez que o consumo esperado é de 39,9 milhões de toneladas e, com o recorde do ano passado, o estoque de passagem para 2005 ficará em 3,9 milhões de toneladas.