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Conab ratifica liderança de Mato Grosso

Nono levantamento divulgado ontem, não apenas confirma MT como maior produtor do Brasil, como eleva em 1,81% produção 09/10


A liderança da produção de grãos e fibras da atual safra pertence a Mato Grosso. Ontem, ao divulgar o nono levantamento da safra 09/10, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), não apenas conservou a posição estadual, como também elevou o volume, que passou de 26,50 milhões de toneladas do levantamento de maio, para 26,98 milhões de toneladas, uma revisão positiva de 1,81%. Esta estimativa de produção, se confirmada ao final da temporada, será a segunda maior do Estado, ficando atrás apenas das 28,19 milhões t registradas no ciclo anterior. Comparando os números, a safra 09/10 fica 4,3% abaixo do que foi 08/09.

Especificamente no caso da soja, a Conab estima produção de 17,96 milhões t, que se concretizada, “se iguala à safra 04/05, quando se registrou a maior produção de todos os tempo em Mato Grosso”, como observa o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Seneri Paludo. Basicamente a liderança mato-grossense é sustentada pela produção de soja e milho segunda safra, que são as maiores do país e apresentam também o segundo melhor desempenho na história do Estado e 20% das 134 milhões t que o Brasil vai colher.

Paraná, que vinha mantendo a posição de destaque, sofreu intempéries climáticas e na atual temporada registra recuo de mais de 17% na produção total, que está estimada em 25,23 milhões t.

Mesmo sob recuo da área plantada e da produtividade, Mato Grosso obteve rendimentos satisfatórios por hectare nas duas principais culturas, a soja e o milho. Como explica o superintendente do Imea – órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), de fato, há retração em área e produtividade, “o que impacta na produção”, mas como ele explica, “para a soja e o milho a produtividade é considerada boa, já que a oleaginosa – segundo números do Imea – fecha a safra atual com rendimento de 50,4 sacas por hectare e o milho, vai apresentando em plena colheita, produtividade de 67 sacas. Tivemos a colaboração do clima e por isso, conseguimos, apesar das retrações e de um menor investimentos em tecnologia (fertilizantes), superar importantes produtores brasileiros”. Há algumas safras, Mato Grosso teve o pior rendimento da história ao contabilizar média de 48 sacas de soja/ha.

Pelo nono levantamento da Conab, a soja estadual obteve rendimento de 51,4 sacas/ha e o milho 70 sacas. Paludo explica ainda que o Imea adotou uma postura mais conservadora em relação à evolução do milho, “porque a colheita está no início e na medida que as colheitadeiras avançarem, faremos os ajustes necessários”.

BRASIL - No País, o levantamento mostra uma queda de 6,9% na colheita, saindo de 144,11 para 134,15 milhões de toneladas. A área cresceu de 47,4 para 47,6 milhões de hectares. Confirmados o volume de produção, o Brasil colherá não mais a maior, mas sim, a segunda maior safra de sua história.

Responsável por 39,89% da produção nacional, o Sul é a área mais prejudicada pelo clima, com diminuição de 10,2% da produção, estimada agora em 53,52 milhões de toneladas. No Centro-Oeste a safra será de 48,04 milhões de toneladas (-4,8%), no Sudeste 16,77 milhões de toneladas (-3,8%), no Nordeste 11,95 milhões de toneladas (-4,9%) e na região Norte 3,87 milhões de toneladas (-4,3%).

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