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Concessão deve acelerar ferrovia entre MT e GO

Previsão é que já em 2013 ocorra assinatura de contrato com empresa responsável


Segundo Governo Federal, previsão é que já em 2013 ocorra assinatura de contrato com empresa responsável

Programa de investimentos em logística lançado pelo Governo Federal deve acelerar a implantação da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), entre os estados de Goiás e Mato Grosso. É o que acreditam representantes do setor produtivo matogrossense. O primeiro cronograma elaborado pela União previa o início das obras somente em 2014. Em junho, a estatal Valec lançou o edital para contratar a empresa responsável pela elaboração do projeto executivo. Ele demoraria pelo menos um ano para ser finalizado e custaria R$ 45 milhões.

Mas a partir do pacote, um novo cronograma passa a ser seguido estando a licitação programada para abril de 2013 e assinatura dos contratos entre maio e julho do próximo ano.

Além da Fico, devem ter o mesmo cronograma as obras das ferrovias como a Ferroanel em São Paulo (eixo norte e sul), o acesso ao Porto de Santos, Estrela D'Oeste, passando por Panorama até Marcaju, além de Açailândia até Vila do Conde.

Carlos Fávaro, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), diz que os estados vão ganhar uma nova opção em modal de transporte em um menor intervalo de tempo. Mas diz que o setor vai cobrar o cumprimento dos prazos.

"O projeto ficaria pronto até 2013. Mas com o anúncio, há capacidade de licitação até maio do ano que vem. Agora, vamos cobrar para que o cronograma seja cumprido", declarou. O programa de investimentos prevê a construção de 10 mil quilômetros de ferrovia com investimentos na ordem de R$ 91 bilhões. Deste total, R$ 56 bilhões em um intervalo de cinco anos e outros R$ 35 bilhões em 25 anos.

O governo dividiu os empreendimentos em dois grupos. A ferrovia entre Mato Grosso e Goiás compõe o primeiro, que engloba 2,6 mil quilômetros de trilhos.

Mas para o diretor administrativo e financeiro da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), o governo precisa evitar que o excesso de burocracia emperre as obras. "Há dúvidas sobre a liberação ambiental como em qualquer obra", lembra o dirigente.

A exploração dos serviços pela iniciativa privada foi considerada um avanço. "Esse é um ponto positivo [do programa] que é a redenção [do governo] em entender que precisa abrir mão de querer fazer as obras e deixar a iniciativa privada", considerou ainda Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja em Mato Grosso.

Coordenador-executivo do Movimento Pró-Logístico, Edeon Vaz Ferreira fala em maior agilidade. "Se as obras fossem feitas pela Valec começariam em 2014. Mas agora já estaria licitada antes do previsto", apontou.

A Fico terá quase 900 quilômetros de trilhos entre as cidades de Campinorte, em Goiás, até Lucas do Rio Verde, na região norte de Mato Grosso. Passará por 15 municípios mato-grossenses onde está concentrada uma das maiores regiões produtivas da unidade federada. Os custos estimados atingem os R$ 4 bilhões.

Serão beneficiadas diretamente pela ferrovia em Mato Grosso as cidades de Cocalinho, Nova Nazaré, Água Boa, Canarana, Gaúcha do Norte, Paranatinga, Nova Ubiratã, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nova Maringá, Brasnorte, Sapezal, Campos de Júlio e Comodoro.

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