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Conferência de Solo e Água reafirma ações para 2019 no RS

Evento na capital mato-grossense tratou do manejo de invasoras de difícil controle e contou com a presença do consultor Juliano Ricardo Resende


Com o lançamento recente dos herbicidas Tibet® e Sniper®, a equipe da Nufarm Brasil desenvolveu novas soluções para controle de plantas invasoras em áreas de pastagem formadas por gramíneas forrageiras. Essas estratégias de manejo foram o tema central de um treinamento que reuniu a equipe técnica da Nufarm na capital Cuiabá. Segundo o gerente de herbicidas da companhia, Mario Drehmer, a Nufarm conta agora com um portfólio que cobre amplamente o controle de invasoras em pastagem.

Durante o encontro, o consultor Juliano Ricardo Resende, professor das Faculdades Associadas de Uberaba, fez uma palestra aos engenheiros agrônomos e técnicos da Nufarm que prestam assistência ao campo. Ele tratou principalmente do controle da cigarrinha das pastagens - praga que transfere prejuízos ao produtor - e também da importância da recuperação de áreas de pastagem degradadas.

A importância da conservação do solo e da água foi reafirmada nesta quarta-feira (05/12), data em que se comemora o Dia Mundial do Solo, durante a IV Conferência Estadual de Conservação do Solo e Água, que acontece em Porto Alegre, na sede do Sindicato dos Engenheiros do RS. Numa realização do Governo do Estado, Emater/RS-Ascar, Embrapa e Ufrgs, em parceria com outras instituições públicas e privadas, a conferência objetiva avaliar as ações desenvolvidas neste ano e projetar 2019. Em torno de 120 pessoas, entre técnicos, extensionistas, pesquisadores e estudantes, prestigiaram o evento, sendo, da Emater/RS-Ascar, 48 extensionistas das 12 regiões administrativas no Estado.

Participaram da abertura o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Odacir Kelin, representando o governador José Ivo Sartori, o deputado Ernani Polo, representando a Assembleia Legislativa, o presidente da Emater/RS, Iberê de Mesquita Orsi, o promotor do Ministério Público Estadual, Daniel Martini, e representando as secretariais estaduais de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), o secretário adjunto Claudemir Locatelli, do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Sema), o chefe da Divisão de Licenciamento Florestal Diego Melo Pereira, e da Educação, a coordenadora da Divisão da Diversidade e Direitos Humanos, Sônia Lopes dos Santos, além de Ivo Lessa, diretor presidente da Sociedade de Agronomia do RS.

“O solo é a principal ferramenta para produzir alimentos”, afirmou o presidente da Emater/RS, ao agradecer as parcerias institucionais no Programa Estadual de Conservação do Solo e da Água – Conservar para Produzir Melhor e salientar a importância do resgate de tecnologias e do incentivo a novas formas de desenvolver o serviço de Extensão Rural. “O serviço de Extensão Rural é imprescindível para levar ao agricultor técnicas para que se faça bom uso do solo”, disse Orsi.

O secretário Odacir Klein elogiou o empenho de Ernani Polo, enquanto secretário da Agricultura, em incentivar o desenvolvimento do Programa e a integração entre instituições e entidades públicas e privadas na busca pela produção primária com sustentabilidade. “É gratificante participar e encerrar minha representação pública num evento dessa grandiosidade”, ressaltou Klein.

Para Polo, a conservação do solo e da água é um tema relevante para o futuro do RS, grande produtor de alimentos. “A Emater é uma importante engrenagem de Extensão Rural e no assessoramento dos agricultores, que têm grande potencial de produzir cuidando do solo da melhor forma”, avaliou.

Solo na extensõa rural

Os resultados do serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) prestado pela Emater/RS-Ascar junto ao Programa Estadual de Conservação do Solo e da Água foram apresentados pelo assistente técnico estadual de Manejo de Recursos Naturais, Edemar Valdir Streck, que também anunciou algumas ações previstas para 2019 em todos os sistemas produtivos no Estado, como grãos, olericultura e fruticultura e na recuperação de áreas degradadas.

De acordo com Streck, as atividades do programa visam à capacitação em técnicas de agricultura conservacionista, validação e transferência de tecnologias em uso, manejo e conservação do solo e da água em culturas, com destaque para as conferências estaduais e a premiação do Produtor Amigo do Solo e da Água, que será retomada no próximo ano, numa parceria com a Seapi e a SDR.

“A Emater tem atuado na condução do programa, na participação de seus técnicos em cursos de agricultura conservacionista e na implantação de 78 Unidades de Referência Técnica (URTs) e 21 Unidades Demonstrativas em Agricultura Conservacionista no Estado”, destaca Streck, ao citar ainda a realização de 271 dias de campo em Estações de Conservação, 71 seminários municipais e regionais, nove exposições feiras com estande de solos e na coordenação de fóruns e da Conferência Estadual de Conservação do Solo e da Água.

Desafios

“Temos um site, o www.soloeagua.rs.gov.br, mas precisamos avançar em capacitações e em ações, como a análise de solo, a construção de terraços, a cobertura do solo e a rotação de culturas, a exemplo do que muito bem desenvolvemos nas regiões de Santa Rosa e Santa Maria, e incentivar a realização de Giras Técnicas, muito bem sucedidas na disseminação e sucesso das práticas de manejo”, avalia o assistente técnico.

Streck também contabiliza, em 2018, 22 dias de campo regionais sobre o projeto Lavoura de Resultados, cuja estação de solos ressaltou o Manejo Integrado de Pragas (MIP), visitas técnicas para articular a realização de seminários, reuniões de mobilização de lideranças municipais, e excursões, que proporcionam a troca de informações e experiências entre agricultores e com técnicos de outras instituições.

A criação de políticas públicas municipais de conservação do solo e da água foram elogiadas por Streck, que cita, como exemplo, o município de Porto Mauá, que incluiu na lei a constituição de um fundo rotativo para esse fim, e a promoção de fóruns municipais, como em Sinimbu, realizado recentemente.

Como desafios e propostas da Extensão Rural para 2019, Streck defende a organização e participação efetiva de todas as entidades e a regulamentação do programa através de termo de cooperação entre as entidades parceiras, bem como fortalecer ações entre as instituições e os grupos gestores regionais, além de concentrar ações nas URTs e criar linhas de financiamento via Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper) ou Pronaf Mais Solo Mais Água, uma política pública a ser repensada.

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