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Confiança do Agronegócio cresce

Confiança dos pecuaristas foi a que mais cresceu



O Índice de Confiança do Agronegócio subiu 6,7 pontos no terceiro trimestre de 2017 para 99,1 pontos, o que é uma melhora importante das significativas, mas não chega aos níveis de 2016, quando nesse período a confiança era de 106,3 pontos. O índice é medido pela Organização das Cooperativas Brasileiras e pelo Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo a metodologia, uma pontuação acima de 100 pontos significa otimismo e abaixo disso sinaliza desconfiança.

Em todos os segmentos pesquisados, houve melhora do indicado. A indústria de insumos agropecuários, por exemplo, chegou a 104,8 pontos, que é 11 pontos a mais que o trimestre anterior. “À medida em que o plantio da safra de verão se aproximou, porém, as negociações voltaram a ocorrer, o que justifica a melhora da percepção das indústrias de insumos”, aponta Antonio Carlos Costa, gerente do Deagro da Fiesp.

Para os agentes que estão depois da porteira, como os processadores de alimentos e as tradings, houve um incremento de 5,05 pontos, para 102,7 pontos comparado ao levantamento do trimestre anterior. “A análise do resultado mostra que, embora as condições do mercado brasileiro ainda não sejam ideais, a continuidade do processo de ajuste econômico segue inspirando confiança, lembrando que este setor é um dos mais diretamente beneficiados em um cenário de aceleração da recuperação do poder de compra do consumidor, como é esperado para 2018”, avalia Costa.

Finalmente, para o agricultor a subida foi de 5,9 pontos em relação ao período anterior para 93,2 pontos. Para os especialistas, é uma boa notícia, apesar de estar abaixo dos 100 pontos. “Os resultados mostram que a confiança aumentou mais entre os pecuaristas do que entre os produtores agrícolas, depois de atingir o menor nível da série histórica”, diz Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

O crédito foi o fator apontado para melhorar o sentimento dos dois últimos grupos. Segundo Márcio Freitas, “isso é consistente com um ritmo mais adequado de liberação dos recursos disponíveis para os produtores, que ocorre atualmente com mais facilidade do que na safra passada. Contribuiu também a resolução das pendências do crédito dirigido às cooperativas”.

Já os pecuaristas são o grupo que mais ganhou confiança no terceiro trimestre de 2017. O indicado pulou 14 pontos para 94,2 pontos. No trimestre anterior, o índice havia atingido o nível mais baixo da série histórica com 80,2 pontos.

“Vale destacar que no trimestre passado, os horizontes no mercado de carnes eram muito incertos: o setor ainda sofria as consequências da Operação Carne Fraca e pairavam muitas dúvidas após a delação da JBS, em maio desse ano. A melhora nos preços do boi ajudou a melhorar o ânimo dos pecuaristas”, acrescenta Costa, da Fiesp.

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