Confinamento: Foco na receita trouxe avanços
Custos de produção foram os fatores que incentivaram os pecuaristas operarem pelo menor risco
Os custos de produção foram os fatores que incentivaram os pecuaristas operarem pelo menor risco. Segundo o 3º Levantamento das Intenções de Confinamento em 2016, realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em maio o preço de balcão (spot) chegava a R$ 134 a arroba (@), enquanto que as vendas a termo e BM&F chegavam a R$ 150/@, um acréscimo de até 12%. A expectativa de maior rentabilidade elevou em 29,95 pontos percentuais (p.p) a utilização de mecanismos de hedge (como são chamadas as negociações a termo e BM&F/Bovespa), em relação a 2015. É o maior índice já registrado no Estado.
Para garantir a receita, 42,7% dos pecuaristas optaram pelas vendas a termo e na BM&F (29,95 p.p. acima do registrado anteriormente). “O ano teve variações consideráveis nas intenções de confinamento, e o produtor teve que avaliar os custos, os preços do boi gordo e as outras perspectivas do mercado, e escolher a melhor forma de vender seu produto. Quem observou o mercado, teve bons resultados”, afirma o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi. Em 2015, o Estado registrou 669,8 mil animais confinados, enquanto 2016 têm total de 615,8 mil, uma queda de 8% nas intenções de confinamento de Mato Grosso.
O gerente de projetos da Acrimat, Fábio da Silva, diz que “procurar se prevenir das oscilações de preço deve ser uma meta diária da pecuária e quando se encontram resultados como os apresentados no relatório, deve-se parabenizar o profissionalismo que os pecuaristas vêm demonstrado com o confinamento”.
Embora os preços das matérias-primas tenham recuado a receita também variou, já que a cotação do boi gordo também caiu. Em maio/16 a BM&F/Bovespa registrava R$ 167,42/@ e em outubro/16 esse foi de R$ 151,27/@. O diferencial do ganho foi justamente a comercialização focada na receita.
