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Confinamento bovino em Mato Grosso salta 29% em 2011, diz Imea

Aumento marca uma tendência no Estado


SÃO PAULO (Reuters) - O confinamento bovino teve um salto de 29 por cento neste ano em Mato Grosso, para 763,9 mil cabeças, pela necessidade de manter a engorda dos animais na entressafra e garantir melhores retornos no período, apontou levantamento do Imea-Acrimat nesta quarta-feira.

"O aumento do confinamento marca uma tendência no Estado. Mato Grosso tem todas as condições de se consolidar como o maior confinador do país", disse Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

Atualmente, o principal confinador no país é o Estado de Goiás.

O confinamento é realizado no período de estiagem quando o tempo mais seco prejudica as pastagens. Os bovinos são alimentados em cocho, como forma de garantir a oferta de animais para o abate no período de entressafra, entre maio e setembro.

O superintendente afirma que fundamenta sua projeção nas características do Estado, que é grande produtor de grãos e também tem importantes regiões de cria.

"Isso é extremamente positivo. Ter (oferta de) grãos e animais próximos viabiliza o confinamento no Estado. É um ganho logístico", acrescentou.

PREÇOS E CUSTOS

O levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra que o aumento dos preços da arroba entre julho e novembro deu um estímulo adicional para o crescimento no número de animais confinados.

De acordo com o Imea, no período o incremento dos preços foi de 7,2 por cento, próximo de 92 reais por arroba.

Mas os pecuaristas que confinam animais trabalham com um cenário de custos maiores.
O estudo mostra que um aumento de 31,5 por cento nos custos de confinamento em relação ao ano passado. O incremento reflete os gastos maiores com alimentação, que subiram 51 por cento neste ano em relação a 2010.

"Os custos maiores ocorreram em função do aumento dos grãos", disse Vacari. O milho é o insumo básico para confinamento e registrou forte alta ao longo deste ano.

Tradicionalmente, os pecuaristas tomam a decisão sobre confinamento de animais no primeiro semestre com base nos preços futuros do boi gordo indicado na BM&FBovespa.

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