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Congresso de Mandioca reúne pesquisadores e setor produtivo em SP

A aproximação entre universidade e setor produtivo é um dos principais objetivos do Congresso


Teve início na noite dessa terça-feira, o XIII Congresso Brasileiro de Mandioca, no Auditório da Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu. Promovido pelo Centro de Raízes e Amidos Tropicais (Cerat/Unesp). O evento tem mais de 300 inscritos, entre profissionais, pesquisadores e estudantes.

Durante a solenidade de abertura, o professor Claudio Cabello, vice-diretor do Cerat e presidente do Congresso, ressaltou a intenção de facilitar o contato entre profissionais e pesquisadores da área para a troca de informações. “Este evento é o fórum mais eficaz para a discussão sobre a cultura da mandioca em todos os seus aspectos. Queremos mostrar a maior quantidade de resultados e realizações no setor para que sirvam como estímulos e atrativos para a difusão da cultura da mandioca”.

O professor Cabello anunciou que os cerca duzentos trabalhos inscritos para o Congresso foram publicados no volume 5 da revista eletrônica RAT (Raízes e Amidos Tropicais). A comissão organizadora também recuperou todas as publicações e trabalhos científicos apresentados em todas as edições anteriores do evento. Este valioso banco de dados está disponibilizado no site do Cerat (www.cerat.unesp.br) com livre acesso. “Essa forma de democratizar a informação é uma importante contribuição que a Unesp presta à sociedade”.

O desafio de produzir com qualidade a custos minimizados também foi tema da fala do professor Cabello. “Essa meta requer esforços conjuntos entre os diversos agentes do segmento, incluindo a universidade que busca suprir as lacunas de conhecimento do setor. Este Congresso representa para nós uma oportunidade de observar o setor produtivo e realizar um diagnóstico de suas demandas para orientar e propor intervenções”.

A aproximação entre universidade e setor produtivo é um dos principais objetivos do Congresso. “A cultura da mandioca ainda precisa desenvolver todos os atributos que tem e eventos como esse podem dar o impulso que falta”, observou Alfredo Chaguri, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). “Temos grandes desafios e a universidade não é apenas uma produtora de conhecimento, mas ela também dialoga e se insere nos problemas da sociedade. Essa troca de experiências é promissora”, complementou o prefeito de Botucatu, João Cury Neto.

O incremento da cultura através das pesquisas foi tema recorrente durante a solenidade. “A mandioca tem que ser uma cultura que gere emprego e renda. Temos ilhas de excelência na produção de mandioca e para expandir essas ilhas temos que qualificar técnicos e transferir tecnologia”, argumentou Orlando Melo de Castro, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio. “É necessário ter objetivos claros nas pesquisas, pois o futuro clama por inovações”.

No encerramento da solenidade, o professor Sílvio Bicudo, diretor do Cerat, apresentou números expressivos sobre a cultura da mandioca. Segundo ele, no mundo, a produção da raiz gira em torno de 300 milhões de toneladas anuais e gera aproximadamente 15 bilhões de dólares. No Brasil, são cerca de 25 milhões de toneladas de raiz, movimentando algo em torno de 3 bilhões de reais anualmente. “Isso sem contar a agregação de valor que ocorre após o processamento por várias áreas, como indústrias de alimento, farmacêutica, de cosméticos e outras”.

Boa parte desses recursos circula nos pequenos municípios. “É dinheiro que viabiliza as pequenas propriedades agrícolas garantindo renda e segurança alimentar para a agricultura familiar”, disse o professor Bicudo, que encerrou sua fala homenageando vários pesquisadores pioneiros na cultura da mandioca. “Não é fácil pesquisar mandioca, em razão do ciclo da planta e dos recursos aportados, mas a cultura tem recebido atenção de vários pesquisadores e instituições de pesquisa ao longo dos anos. Essa homenagem é necessária”.

A solenidade de abertura do evento contou também com a presença do vice-diretor da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, professor José Matheus Yalenti Perosa; do diretor da Fundação de Estudos e Pesquisa Agrícolas e Florestais, professor Carlos Alexandre Costa Crusciol; do gerente da unidade de agronegócio do Sebrae, Paulo Alvim; do presidente da Sociedade Brasileira da Mandioca, Mario Takahashi e do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca, Ivo Pierin Junior.

O Congresso Brasileiro de Mandioca vai até dia 16 de julho e vai contar com conferências, palestras e mesas redondas. As atividades são dividas em seis eixos temáticos: socioeconomia; energia; biotecnologia; agricultura; processos e produtos, e sustentabilidade ambiental. As informações são da assessoria de imprensa da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp de Botucatu – FCA.

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