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Congresso Latinoamericano de Avicultura supera expectativas

Os números preliminares apontam a participação de um público total de 25.896 pessoas de 43 países nos quatro dias do evento


O XX Congresso Latinoamericano de Avicultura encerrou-se nesta sexta-feira (28-09), com resultados superiores às expectativas iniciais. Os números preliminares apontam a participação de um público total de 25.896 pessoas de 43 países nos quatro dias do evento na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. Promovido pela Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA), em parceria com a União Brasileira de Avicultura (UBA) e a Fiergs, o evento ultrapassou as edições anteriores no Panamá e na Bolívia. Os dados preliminares indicam 2.931 inscritos nas conferências, enquanto a estimativa inicial era de participação de 2,5 mil pessoas. Na exposição, o número de visitantes aos 213 estandes chegou a 22.965 pessoas. Em 2009, o Congresso será realizado em Cuba.

O presidente do evento, Heitor Muller, destaca a profissionalização e a especialização do público e dos conferencistas, sendo que dois terços eram estrangeiros. “Os expositores estão muito satisfeitos com os negócios realizados e encaminhados, inclusive com a abertura de novos mercados”, destaca. As edições anteriores do Congresso reuniram 3.980 participantes no Panamá há dois, e 2.650 na Bolívia, há quatro anos.

No último dia do Congresso, a conferência magistral foi do representante regional para a América na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o argentino Luis Barcos. Segundo ele, países que não aumentam a segurança de seus plantéis levam importadores a ter uma crise de confiança. Para evitar esse risco, as empresas devem aumentar a transparência nas relações com seus fornecedores, sugeriu.

Entre os desafios a vencer estão aspectos da legislação de cada país. E cada vez mais a OIE objetiva transparência na notificação oficial do status sanitário dos plantéis locais. Ocorre, porém, que a Organização não encontra uma notificação adequada, o que acaba provocando a falta de registro de doenças. A situação se deve, também, aos representantes de cada uma das 170 nações que integram a OIE. Dessas, 29 estão na América Latina, onde a participação tem sido discreta. Em 2005, por exemplo, oito países latinos encaminharam comentários sobre sanidade ou procedimentos de padrões internacionais, número que baixou para somente cinco, em 2006.

Os números não são bons e denunciam alguns problemas enfrentados. O mais citado por Barcos foi o fato de os governos mudarem e, conseqüentemente, também serem novos os representantes oficiais enviados para participar das duas conferências técnicas anuais da OIE. “É uma preocupação porque, na América, de 30% a 40% dos funcionários mudam anualmente, são de 10 a 12 países tendo alterações anuais de autoridades públicas, interrompendo a continuidade do trabalho”, destacou o argentino.

Barcos apontou ainda a falta de conteúdos de sanidade animal mais específicos nos currículos das faculdades de veterinárias. Segundo ele, os profissionais que ingressam no mercado estão despreparados ou distantes das demandas do mercado. Lamentou ainda o fato de o quadro do serviço de inspeção veterinária contar com profissionais de faixa etária mais alta. “Há um grande número de funcionários que vão se aposentar, levando os países a perderem uma experiência enorme que não deverá ser substituída a curto prazo”, afirmou. As informações são da assessoria de imprensa do evento.

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