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Conhecimento acadêmico beneficia produtores gaúchos de leite

Durante cinco meses, a iniciativa desenvolverá ações de gestão com foco na relação de custos e tecnologia e na qualidade do produto e ambiente de produção


Convenio entre Sebrae Rio Grande do Sul e UFRGS atenderá propriedades rurais do Vale do Taquari

Um convênio realizado entre o Sebrae gaúcho e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) capacitará 100 propriedades produtoras de leite do Vale do Taquari. Durante cinco meses, a iniciativa desenvolverá ações de gestão com foco na relação de custos e tecnologia e na qualidade do produto e ambiente de produção em propriedades de Anta Gorda, Arvorezinha, Travesseiro, Teutônia e Vespasiano Correa.

O trabalho com a bovinocultura de leite, explica o gestor do projeto pelo Sebrae Rio Grande do Sul, Valmor Mantelli Jr., surgiu em 2008. "A atuação da entidade no agronegócio é relativamente recente e, até aquele, ano não tínhamos iniciativas específicas para o segmento". Foi assim que, segundo o gestor, "iniciou-se a parceria com a UFRGS, por conta das diversas pesquisas que já realizaram na área".

Segundo Mantelli, o projeto, coordenado pelo professor Paulo César de Faccio Carvalho, desenvolverá a melhoria gerencial das pequenas propriedades rurais da região. Além das ações que envolvem custos e tecnologia e a qualidade, questões como gestão financeira, de processos e do ambiente de trabalho serão reforçadas. O projeto piloto está em curso e segue até o final do ano.

Metodologia de aplicação

A metodologia, de acordo com Mantelli, será aplicada em cinco grupos de no máximo 20 produtores, com acompanhamento técnico coletivo e individual. Seis fases foram estruturadas: diagnóstico das propriedades; planejamento alimentar; controle leiteiro; planejamento sanitário; planejamento genético e reprodutivo; e implantação de indicadores produtivos e gerenciais, interpretação e monitoramento.

"As consultorias serão realizadas em campo por capacitadores. Eles levarão os dados para a universidade, onde a análise será processada. Teremos, então, um diagnóstico, que definirá ações específicas para cada propriedade", conta o gestor, que enfatiza o resultado pretendido: "Nosso foco não é produzir mais leite, mas otimizar os sistemas de produção".

Carvalho destaca que "em cada um dos cinco municípios atendidos existe um capacitador responsável pelas atividades do programa naquele grupo; é ele quem realiza as visitas individuais às propriedades". A equipe de atendimento é composta por um supervisor administrativo, um supervisor técnico, dois consultores técnicos e cinco capacitadores, totalizando dez pessoas.

"É importante salientar que o diagnóstico das propriedades é apenas a fase inicial do programa. Entendemos que, para nortear as nossas ações, nada melhor que o pleno conhecimento dos sistemas, identificando pontos fortes e pontos limitantes", conclui Carvalho.

Para o Coordenador da Carteira de Leite e Derivados do Sebrae no estado, Ângelo Aguinaga, a iniciativa é a primeira realizada de forma tão ampla. "Anteriormente executávamos ações focadas em uma determinada atividade, agora temos a oportunidade de trabalhar a propriedade produtoras de leite como um tudo".

Seleção

Para participar da iniciativa, de acordo com Mantelli, as empresas precisavam atender a alguns requisitos. Os principais: estar participando do projeto do Sebrae; propriedades onde o leite seja considerado fonte de renda principal; e propriedades que têm como objetivo transformar essa atividade em principal. "Nosso trabalho deixa claro aos produtores que essa iniciativa não irá demandar altos investimentos, mas ajustará questões relativas ao funcionamento da sua produção", explica Mantelli.

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