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Conhecimento para superar dificuldades

"Dificuldades do Programa ABC serão superadas", afirma Presidente da Comissão de Meio Ambiente da CNA


"Dificuldades do Programa ABC serão superadas", afirma Presidente da Comissão de Meio Ambiente da CNA
O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Assuero Doca Veronez, avaliou que as dificuldades de implantação enfrentadas pelo Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) serão superadas a partir de debates como o seminário realizado nessa terça-feira  (31-01), na sede da CNA, para lançamento do Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo Carbono (ABC), em parceria com a Embaixada Britânica. “Certamente nós vamos alcançar resultados positivos porque o caminho da sustentabilidade indica maiores produtividade e competitividade”, afirmou, durante encerramento do seminário, que se repetirá em Minas Gerais (02/02), Bahia (07/02) e Rio Grande do Sul (14/02).

No seminário, o gerente executivo da diretoria de agronegócios do Banco do Brasil (BB), Álvaro Tosetto, enumerou alguns pontos que justificam a limitada adesão ao programa ABC até o momento. O desconhecimento das linhas de crédito e de algumas tecnologias, além do despreparo dos técnicos na elaboração dos projetos são, segundo ele, alguns dos problemas que comprometeram os resultados do ABC. Citou que questões de ordem legal, especialmente fundiária ou ambiental, também representam um entrave para a liberação das linhas oficiais de crédito. O Banco do Brasil tem R$ 850 milhões para financiamento de projetos da agricultura de baixo carbono no ano-safra 2011/2012. De julho de 2011, início do ano-safra, até 30 de janeiro de 2012, o banco liberou R$ 249 milhões para o programa. “Ainda é pouco diante do potencial da agricultura de baixo carbono”, afirmou.

Uma campanha do Governo federal para divulgar o ABC e a maior participação dos órgãos estaduais no processo de difusão das regras do programa estão entre as alternativas para alavancar a contratação dos financiamentos. Em sua palestra, o gerente executivo da diretoria de agronegócios do Banco do Brasil apresentou algumas iniciativas lançadas com o intuito de incrementar a liberação dos recursos. A definição de metas de aplicação por agências e superintendências é uma delas. “A meta é induzir os gerentes a oferecer essa linha visando uma mudança de patamar do sistema de exploração da atividade agropecuária”, afirmou. O mapeamento por Estado das oportunidades de financiamento também está na lista de alternativas. “O banco tem feito esforços para ampliar a participação da agricultura de baixo carbono no modelo agropecuário brasileiro”, afirmou.

Para o gerente executivo, a revisão do Código Florestal brasileiro abrirá um leque de alternativas para a regularização ambiental das propriedades rurais, com a retomada das áreas de reserva legal e de preservação permanente (APPs). Esse cenário poderá estimular a contratação de financiamentos do Programa ABC, garantindo o incremento da produtividade do setor agropecuário com a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs).

Números – De acordo com dados apresentados pelo gerente executivo da diretoria de agronegócios do BB, os produtores de Minas Gerais contrataram R$ 43 milhões em financiamentos do Programa ABC na safra 2011/2012. No Paraná, as liberações somaram R$ 40 milhões e, no Rio Grande do Sul, R$ 32 milhões. Os números preliminares da safra mostram que, do total de R$ 249 milhões liberado até agora, 26,47% foram para florestas; 21,89% para práticas conservacionistas e corretivos; e 21,56% para recuperação de pastagens; entre outros.

Veja mais informações sobre o Seminário no Blog ABC:
www.canaldoprodutor.com.br/agriculturabaixocarbono

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