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Conseleite calcula valor referência para o MS

Produtor poderá entregar seu produto à indústria laticínia pelo valor de R$ 0,57/litro o leite padrão


O Conselho Paritário entre Produtores de Leite e Indústrias de Laticínios do Estado do Mato Grosso do Sul (Conseleite/MS), por meio de cálculo metodológico, divulgou na sexta-feira (11) o valor de referência para a entrega do leite no mês de fevereiro no Estado. De acordo com a resolução, o produtor poderá entregar seu produto à indústria laticínia pelo valor de R$ 0,57/litro o leite padrão, R$ 0,62/litro para o leite acima do padrão e R$ 0,54/litro para o leite considerado abaixo do padrão. O valor de referencia é uma previsão do comportamento do mercado em relação ao preço média pago pelo produtor


O Conseleite, criado em 2009 e lançado oficialmente na sexta-feira (11), reúne produtores de leite de Mato Grosso do Sul representados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e representantes de indústrias laticínias do Estado. A associação tem o objetivo de buscar soluções conjuntas e organizar a cadeia leiteira, estabelecendo transparência no estabelecimento de preços de referência para o leite produzido em MS. Os membros do Conseleite são indicados paritariamente pela bancada rural representada pela Federação da Famasul e pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul (Silems).

Para o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, a criação de um conselho fortalece o setor e favorece a comercialização. “Esse é um momento de conquista para o setor lácteo do Estado. O Conselho trará consolidação para a cadeia leiteira”, ressaltou Riedel citando como exemplo casos de sucesso das cadeias da cana e da laranja.

Por meio de resoluções, o conselho vai divulgar mensalmente os preços de referência para o leite entregue no mês anterior e os preços projetados para o leite a ser entregue no mês em curso. Os valores divulgados não são obrigatórios, mas servirão como parâmetro para o mercado. A metodologia de cálculo realizada pela Câmara Técnica utiliza como base os custos de produção e comercialização e o mix de produção individual composto pelo leque de derivados fabricado pelo produtor.

Presente ao lançamento, o Senador Waldemir Moka acredita que a parceria entre produtores e indústria é fundamental para o desenvolvimento da cadeia no Estado. “É possível produzir e exportar de uma forma que produtor, indústria e Estado saiam ganhando”, salientou Moka lembrando da baixa produção em MS. “É preciso recursos para que o produtor faça uma boa irrigação e tenha uma produção com qualidade. A produção de leite em MS e muito pequena se comparada ao restante do País”.


A cadeia leiteira de Mato Grosso do Sul conta com aproximadamente 23 mil produtores responsáveis por levar ao mercado cerca de 1,2 milhão de litros de leite por dia. Essa produção, em sua maioria oriunda da agricultura familiar, não é o suficiente para abastecer as 85 plantas de laticínios instaladas no Estado. De acordo com a secretária da Produção e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Correa da Costa, apenas um laticínio possui demanda de metade do que é produzido em toda a cadeia (600 mil/litros por dia).

Durante o lançamento do Conseleite, o presidente da Famasul pediu apoio ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS) para levar as informações discutidas no Conselho a toda a classe de produtores. “Os produtores devem ter acesso às questões discutidas aqui. Pedimos apoio do Senar, por meio das capacitações, para levar isso ao campo”.

As informações são da assessoria de imprensa do Conselho Paritário entre Produtores de Leite e Indústrias de Laticínios do Mato Grosso do Sul (Conseleite/MS).

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