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Conseleite registra queda no preço pago ao produtor em SC

A fase de ouro do mercado do leite está chegando ao fim antes do previsto e os preços pagos aos produtores rurais em Santa Catarina apresentam queda de 15% em setembro


A fase de ouro do mercado do leite está chegando ao fim antes do previsto e os preços pagos aos produtores rurais em Santa Catarina apresentam queda de 15% em setembro. A tendência foi confirmada pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria da Cadeia do Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite).

Com base nos primeiros dez dias deste mês, o conselho fixou os valores referenciais do leite projetados para setembro. De acordo com o conselho, o litro do leite padrão previsto para este mês é de R$ 0,5939, enquanto as estimativas para o leite acima do padrão e abaixo do padrão são de R$ 0,6830 e R$ 0,5399, respectivamente. Os valores finais de agosto ficaram em R$ 0,6898 (padrão), R$ 0,7933 (acima do padrão) e R$ 0,6271 (abaixo).

Em razão do excesso de oferta, indústrias e produtores não têm dúvidas que o mês fechará com acentuada redução no preço pago ao criador de gado leiteiro. “Os preços estavam aquecidos e uma queda era esperada, mas ela foi muito pesada”, disse o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Nelton Rogério de Souza. A Faesc, juntamente com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados de SC (Sindileite), integram o Conseleite.

Segundo Nelton, o mercado mundial de leite continua escasso, mas o Brasil não ampliou suas exportações na dimensão em que pretendia. Por essa razão, complementou, o excesso de produção derruba os preços internos.

A Faesc apurou que a produção catarinense cresceu 45% nos meses de maio a setembro, o que representa incremento muito acima da demanda. O estado está produzindo 4,5 milhões de litros por dia e deve encerrar o ano com 1, 650 bilhão de litros. Além da oferta excessiva, a indústria de laticínios gaúcha está vendendo leite bruto para as processadoras catarinenses a preços abaixo do referencial. Ainda segundo a federação, a indústria Láctea e o varejo (supermercados) estão com estoque elevado e já recusam leite. As informações são da assessoria de imprensa da Faesc.

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