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Construir uma agenda positiva na agricultura

As empresas associadas da Andef vêm fazendo muito nesse sentido


O país eleito pela FAO como o maior produtor mundial de alimentos, em poucos anos, precisa de agenda construtiva envolvendo os diversos segmentos produtivos e governos. As empresas associadas da Andef vêm fazendo muito nesse sentido

A Nota à imprensa da Anvisa, que acompanhou os dados do PARA, faz menção pouca esclarecedora, novamente, aos produtos banidos no Exterior e em uso no Brasil. É necessário esclarecer, mais uma vez, que esses foram regularmente registrados pelos órgãos competentes no Brasil, inclusive a Anvisa, que tem o direito de ora questioná-los.

Em segundo lugar, deve-se reiterar que diferentes climas e tipos de culturas requerem determinados manejos fitossanitários. Por exemplo, fungicidas são mais utilizados no norte da Europa na cultura de cereais, sob clima úmido e frio; já inseticidas são mais requisitados em climas quentes, onde existe maior diversidade de insetos e pragas, como no Brasil.

Assim, por exemplo, segundo a Embrapa Soja, a doença Ferrugem Asiática pode diminuir em até 80% a produtividade de uma lavoura. Na cultura do milho, a lagarta do cartucho representa um potencial de até 60% de perda na produção de grãos. Nos canaviais, a infestação de cupins pode causar danos de até 10 toneladas por hectare. No algodão, a virose Mosaico das Nervuras pode reduzir a produção em até 60%.Portanto, cada país, ao retirar do mercado um determinado produto, sabe que haverá impacto insignificante no cultivo de certos alimentos. Por exemplo, se a Europa resolver proibir um defensivo essencial para o mamão, não causará o menor impacto na sua agricultura; porém, será drástica, para os agricultores e consumidores, a mesma medida adotada num dos quatro principais países produtores mundiais, Brasil, México, Nigéria e Índia, que juntos respondem por 75% da produção mundial.Por fim, é distorcida a afirmação de que os 14 produtos em reavaliação pela Anvisa estejam banidos na Europa e nos Estados Unidos. Nesta lista, há de fato alguns excluídos do mercado em alguns países – alguns deles, inclusive, substituídos pelos fabricantes por moléculas mais inovadoras. Quando detalhada produto a produto, no entanto, se verá que a maioria continua em uso nos principais países produtores agrícolas e do Primeiro Mundo, como Estados Unidos, Austrália, China e Canadá; moléculas como o glifosato, por exemplo, está em uso em 130 países.
 
Extensão rural e treinamento do agricultor

Tão importante quanto alertar para a necessidade de produzir alimentos sem riscos para os consumidores, será encontrar soluções para um quadro extremamente complexo, de melhorar o nível de educação e conscientização do agricultor para as boas práticas agrícolas. “Esta tarefa exige uma agenda construtiva que envolve indústrias, instituições de extensão rural e governos federal e nos estados”, afirma Eduardo Daher. As empresas associadas da Andef vêm fazendo muito nesse sentido.

Suas diversas ações de educação e treinamento têm como focos o uso correto e seguro de produtos fitossanitários e a conscientização socioambiental do homem do campo. Com este compromisso posto em prática, destaca o diretor da Andef, a indústria e os canais de distribuição de produtos vêm colaborando de forma significativa com o Poder Público, já que, segundo o Decreto 4.074, de 2002, “cabe aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento; da Saúde; e do Meio Ambiente, no âmbito de suas competências, desenvolver ações de instrução, divulgação e esclarecimento sobre o uso correto e eficaz dos agrotóxicos e afins”.

Em 2009, somente para o Prêmio Andef de Mérito Fitossanitário – realizado há 13 anos, com apoios de entidades parcerias – as ações resultaram em 5.690 atividades e 43 projetos no campo. Através de cursos, palestras e dias de campo, os trabalhos alcançaram quase 1,5 milhão de agricultores, técnicos e trabalhadores rurais. Não se conhece, em nenhum outro país, programa de sustentabilidade nos meios rurais com tão extraordinário alcance.

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