O moderador do painel sobre rodovia do Seminário Internacional de Infra-estrutura Multimodal, Richard Jean Marie Dubois, da Trevisan & Associados, diz que mesmo com a iniciativa do governo federal de investir em infra-estrutura ainda faltam R$ 60 bilhões que deve ter como origem verba da iniciativa privada. A base de comparação do moderador foi o PPA 2004-2007 do governo brasileiro.
Do total de R$ 1,3 trilhão previstos pelo governo no plano de médio prazo de políticas públicas, R$ 275 bilhões são para infra-estrutura, a maior parte programada no Orçamento Geral da União. Uma porção dos recursos de R$ 45 bilhões seria financiada pelo BNDES e o restante que falta do dinheiro para os projetos viria do setor empresarial.
"Mesmo com portos que vão aumentar a estrutura para exportação, vão faltar no futuro, segundo a tendência de crescimento da produção de Mato Grosso, 5,5 milhões de toneladas de soja para escoar. Soja que não vai ser plantada ou terá custo maior para o produtor", disse Dubois sobre impedimentos para levar produtos da produção ao consumo.
O investimento em logística para escoar a produção é tema recorrente do seminário e nesta manhã o diretor comercial da Expresso Araçatuba, Álvaro Fagundes, e o assessor da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Serafim Carvalho Melo, já fizeram exposição a respeito das possibilidades e limitações físicas, operacionais e comerciais da implementação da rodovia Cuiabá-Santa Cruz de la Sierra.
Ainda na primeira parte do painel, pela manhã, vão expor diagnóstico e saídas para a pavimentação de um trecho da rodovia entre as duas cidades o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Vande Lage Magalhães, o vice-ministro de Transportes da Bolívia, Mauricio Navarro, e o representante da Corporação Andina de Fomento (CAF), Jose Vicente Maldonado.