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Consumidor deve pagar mais por hortigranjeiros no RS


Baixa temperatura também prejudica citros. Ceasa avalia impacto nos preços

Os danos trazidos pela geada à produção de folhosas na região Metropolitana de Porto Alegre/RS e no Litoral devem se refletir no bolso do consumidor. O gerente técnico da Ceasa, Amauri Pereira, informa que a tendência é de alta nos próximos dias, apesar de ainda não haver reajuste nas bancas. Amanhã, a Ceasa divulga levantamento de cotações de hortigranjeiros, onde deve ser verificado o impacto do clima na produção primária. "Hoje, com o mercado mais aquecido, pode ser que a gente note alguma alteração."


Conforme o coordenador de fruticultura da Emater, Antônio Conte, a mudança nos preços é o primeiro reflexo do clima. "Muitas vezes, os danos nem existem e o pessoal aproveita para aumentar preços", frisou. Ele informa que a geada queima folhas e invalida os produtos para a venda, mas não gera grandes perdas porque as folhosas têm ciclos curtos, o que permite novos plantios.

Na fruticultura, por outro lado, o frio intenso beneficia caqui, maçã, pêssego e videiras, que conseguem ter o período de frio necessário para dormência. No caso dos citros, porém, as baixas temperaturas resultam na queda de frutas e na queima de folhas. "O problema é maior para os citricultores de regiões mais sujeitas ao frio", afirma Conte. Nestes locais, a colheita é feita na entressafra, o que garante remuneração superior. "É um risco calculado. Vale a pena a quebra porque nos outros anos a safra compensa."

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