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Consumo de farinha de trigo se mantém estável em 2017

A estabilidade é fruto do mercado local, impulsionado pela demanda de padarias e indústrias alimentícias


Estimativas da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) indicam que o consumo de farinha de trigo no Brasil se manteve praticamente estável em 2017, apresentando apenas uma leve retração de 0,42%, o que equivale a 8.409 milhões de toneladas. Os números são baseados nas informações fornecidas por diversas entidades e sindicatos associados à Abitrigo. 

Os dados foram reunidos pela consultoria Demanda, que os cruzou com informações fornecidas pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Rubens Barbosa, embaixador e presidente-executivo da Abitrigo, afirma que essa estabilidade é fruto do cenário em que se encontra o mercado local, sendo impulsionado principalmente pela demanda de padarias e indústrias alimentícias. 

"A farinha de trigo é matéria-prima de uma série de produtos básicos, como pães, macarrão e biscoitos, e a demanda por estes produtos também se mostrou estável ou com leve queda, fato que contribuiu para o cenário registrado no setor de moagem", explica. 

A Abitrigo também revelou que a produção doméstica de farinha de trigo chegou a 7.964 milhões de toneladas, número menor se comparado a 2016, quando a produção nacional era de 8.042 e a importação do produto totalizou 445 mil toneladas, o que indica uma pequena alta em relação ano anterior, quando era de 403. De acordo com Barbosa, já era esperado que a produção nacional fosse mais baixa e as importações crescessem um pouco porque esses números estão aliados aos próprios hábitos de consumo dos brasileiros, que são mais contidos em épocas de crise econômica. 

"A queda no poder aquisitivo fez o brasileiro rever alguns hábitos adquiridos nos tempos de bonança da economia. As idas aos restaurantes diminuíram, bem como o consumo de alimentos de maior valor agregado reduziu", afirma. 

Agora as expectativas da Abitrigo para 2018 são favoráveis mesmo sem números concretos. A entidade acredita que a melhora econômica do País resultara na retomada do mercado e rápido crescimento na indústria moageira. 

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