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Continua a greve dos petroleiros terceirizados na Fafen/SE

Cerca de 190 trabalhadores terceirizados da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen/SE) estão em greve desde a última quarta-feira, 10


Cerca de 190 trabalhadores terceirizados da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen/SE) estão em greve desde a última quarta-feira, 10. Eles pertencem ao quadro da empresa BSB, que presta serviços à Petrobras. A categoria reivindica melhorias salariais, reconhecimento do Sindicato dos Trabalhadores em Petróleo (Sindipetro) como representante dos funcionários e fim das demissões e das transferências, que estão sendo feitas pela BSB.

De acordo com um dos diretores do Sindipetro, Gildo Pereira, os terceirizados estão insatisfeitos com o tratamento que estão recebendo da empresa. “Os trabalhadores são destratados, desrespeitados e ameaçados. Além disso, os funcionários estão recebendo menos do que o piso salarial e demitidos sem explicação”, denuncia.

Sobre o reconhecimento do sindicato, Gildo afirma que os terceirizados conquistaram na Justiça o direito de ter o Sindipetro como seu representante. “Os terceirizados não podem ser tratados de forma diferente. Devem ter os mesmos direitos dos demais funcionários da Fafen e da Petrobras, como um todo”, justifica.

“Não houve avanços”

Na última sexta-feira, 12, o sindicato se reuniu com a direção da empresa, mas não houve avanços. “Abrimos mão de algumas reivindicações, mas ainda assim a empresa não aceitou reverter às demissões e as transferências de cargos”, argumenta.

A BSB tem contrato em outras unidades da Petrobras. Na Fafen, são dois contratos: conservação/limpeza e estocagem da uréia. O setor de limpeza está 100% paralisado e o da estocagem está efetuando com o efetivo mínimo.

Trabalhadores da Transurh

Já os trabalhadores da terceirizada Transurh, no Pólo Atalaia, também estão debatendo os encaminhamentos do acordo coletivo de trabalho. “As reivindicações são as mesmas e a tendência de greve é grande”, informou Gildo. Nesta terça-feira, 16, os trabalhadores realizam assembléia para discutir a possibilidade de paralisação.

Segundo o diretor do Sindipetro, Fernando Borges, as empresas terceirizadas precisam respeitar os direitos dos trabalhadores. Para ele, “a Petrobras tem sua parcela de culpa sobre as precárias condições de trabalho dos petroleiros, já que os gerentes e prepostos dos contratos nada fazem para mudar essa situação”.

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