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Controle da ninfa de mosca-branca tem eficácia de até 98%

Uma das pragas com maior risco sanitário: prejuízos acima de US$ 30 bilhões


Foto: Nadia Borges

Uma estratégia ancorada em um inseticida “ninficida” de ação rápida é capaz de controlar a mosca-branca (Bemisia Tabaci) de “maneira representativa”, apontam estudos da Sipcam Nichino. O método, define a empresa, “quebra o ciclo de desenvolvimento de populações da” praga, reduzindo danos causados pelo inseto às culturas de soja, feijão, tomate, algodão e outras.

De acordo com a engenheira agrônoma Carulina Oliveira, gerente de produtos da Sipcam Nichino Brasil, o tratamento tem como base as aplicações do inseticida de ação rápida Applaud, à base de buprofezin. Ela explica que o produto age por contato e por ingestão, e tem como alvo central o estágio de ‘ninfa’ da mosca-branca.

“A quebra do ciclo de desenvolvimento da praga se dá pelo controle da ninfa e também pela redução da viabilidade reprodutiva dos ovos depositados pelas fêmeas (ação transovariana). Na prática, o produto funciona como um ‘regulador de crescimento’ da mosca-branca, impedindo-a de completar o ciclo, atingir o estágio adulto, seguir reproduzindo e causando danos”, explica ela.

Carulina adverte, entretanto, que sempre que houver a presença de insetos adultos da mosca-branca na lavoura, o tratamento deve abranger também inseticidas com ação específica sobre esse estágio da praga, os ‘adulticidas’.

Nas áreas de soja analisadas pela Sipcam Nichino, e por pesquisadores independentes, a adoção do inseticida-ninficida Applaud resultou em eficácia de controle de 80% a 98% da praga, de dois a três dias após aplicado, comparativamente a outros tratamentos empregados.

Listada pelo Ministério da Agricultura entre as pragas com maior risco sanitário ao agronegócio, a mosca-branca já trouxe prejuízos acima de US$ 30 bilhões à sojicultura. Ela é conhecida ainda por sua veloz capacidade reprodutiva, de até 15 gerações anuais, e pela resistência adquirida a ingredientes ativos.

Especialistas do setor advertem que a mosca-branca constitui um vetor de viroses graves, inclusive dos chamados geminivírus. Em altas populações, a praga provoca danos diretos, inclusive a desfolha prematura das folhas, observada especialmente em áreas de algodão, soja e feijão. Conforme Carulina Oliveira, a mosca-branca expele substâncias açucaradas que provocam a “fumagina”, que por sua vez reduz a capacidade fotossintética de cultivos. No caso do algodão, esta condição ocasiona prejuízos à qualidade da fibra. “Há depreciação do valor de mercado decorrente da chamada fibra açucarada ou mela do algodoeiro (honeydew)”, complementa a agrônoma.

Segundo Carulina Oliveira, a mosca branca ataca a soja durante quase todo o ciclo da cultura, desde o estágio vegetativo até a completa maturação da oleaginosa. Não controlada, ocasiona prejuízos significativos. No feijão, informa a agrônoma, a praga provoca diminuição das vagens e a perda de peso dos grãos, além do risco de transmissão da virose do ‘mosaico dourado’, “capaz de dizimar a cultura.”

Ainda de acordo com a agrônoma da Sipcam Nichino, pelo fato de o ciclo de vida da mosca-branca ser curto, entre 15 dias e 20 dias, além de a fêmea contar com capacidade para colocar de 100 ovos a 300 ovos por ciclo, a quebra desse processo é essencial para barrar a ação da praga.

“Applaud é essencial nesta relação. Se não houver controle da mosca-branca em sua fase jovem, ou seja, priorizar somente sua forma adulta, o manejo da praga torna-se praticamente impossível, e os danos, inevitáveis”, diz Carulina. “Associar Applaud a inseticidas para controle de adultos é primordial ao sucesso do tratamento, ao controle efetivo”, finaliza ela.

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