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 Controle do bicudo custa US$ 200 por hectare no algodão

Valor representa 10% de todo o custo da produção


Os pesquisadores do setor do algodão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) José Ednilson Miranda e Sandra Maria Moraes Rodrigues escreveram um artigo informando que os custos pata efetuar o controle do bicudo, pior praga do algodoeiro, pode ultrapassar os US$ 200 por hectare. Além disso, eles informam que esse gasto representa 10% do custo total da produção do algodão. 

“Pelos dados das últimas quatro safras, a infestação média de bicudo nas lavouras do Centro-Oeste chegou a 8% na safra 2014/2015, mas baixou para 4% na safra passada. Na prática, significa dizer que os esforços de controle realizados pelos produtores nos últimos anos têm dado resultados, mas o inseto continua presente e causando prejuízos à produção de pluma”, escreveram. 

O principal método utilizados pelos agricultores que produzem algodão é a pulverização de inseticidas nas lavouras, sendo que são efetuadas, aproximadamente, de 18 a 23 pulverizações por safra. No entanto, os especialistas afirmam que as pulverizações não conseguem ser efetivas, já que elas não atingem os ovos e as larvas, matando somente os animais adultos. 

“Se o monitoramento falhar, a detecção tardia da praga na lavoura dará tempo suficiente para que as fêmeas ovipositem seus ovos nas estruturas da planta de algodão, antes que o inseticida a controle. Mesmo que o controle químico dos adultos seja efetivo, uma nova geração da praga estará se formando e um novo surto da praga na lavoura fatidicamente ocorrerá cerca de duas semanas depois”, explicam. 

Como possível solução para esse problema, os especialistas citam o manejo integrado e o esmero na execução das técnicas de monitoramento. “Finalmente, é importante ressaltar que o manejo do bicudo deve ser coletivo, regionalizado e organizado, com ações conjuntas executadas pelos produtores da região. A consciência coletiva é o ponto fundamental para o sucesso do combate ao bicudo”, concluem. 

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