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Controle do carrapato da febre maculosa está próximo

Estudo busca melhorar a saúde da população


Foto: Márcia Prata/ Embrapa

Um grupo de pesquisadores do Instituto Biológico de São Paulo (IBSP), e do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico de Jundiaí (CEA-IAC), ambos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo avançaram em uma tecnologia para controlar o carrapato transmissor da febre maculosa. A doença é tida como a mais mortal das Américas, já que cerca de 50% das pessoas que a contraem, morrem. 

O estudo é conduzido pelos pesquisadores Fernanda Calvo Duarte, Leonardo Costa Fiorini e Márcia Cristina Mendes, do Instituto Biológico da capital, José Eduardo Marcondes de Almeida, do IB-Campinas e Hamilton Ramos, do CEA de Jundiaí. Integram o trabalho, ainda, profissionais da empresa de tecnologia VOA, especializada no desenvolvimento e na prestação de serviços com drones agrícolas. 

De acordo com Ramos, o alvo do estudo é o carrapato Amblyomma sculptum, vetor da Rickettsiarickettsii, patógeno causador da febre maculosa. O hospedeiro do transmissor da doença é a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), maior roedor do mundo, cuja população se mostra crescente nas áreas urbana e rural do Brasil. 

Segundo os pesquisadores, o controle eficaz e sustentável do carrapato é a única maneira de barrar a febre maculosa, ou ainda de reduzir casos da doença. A tecnologia em estudo foca na aplicação do fungo Metharizium anisopliae nas áreas públicas e privadas em que a população de capivaras é elevada. Como este fungo, avaliado nos laboratórios do IBSP, tem na estrutura predominante a forma de pó, sendo pouco solúvel em água, a pesquisa analisa resultados da associação entre o pó e os adjuvantes agrícolas, tendo em vista viabilizar tecnicamente a pulverização de áreas-alvo do tratamento. 

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