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Controle exige somatória de medidas

Nenhum método isolado consegue, efetivamente, controlar os nematóides


Nenhum método isolado consegue, efetivamente, controlar os nematóides. Para reduzir os danos causados, as técnicas de controle devem ser combinadas. O primeiro passo para os produtores é conhecer qual espécie de nematóide está presente em sua lavoura, para que assim possam estabelecer uma estratégia de manejo integrado para o controle.

Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, Waldir Pereira Dias, o melhor método seria a prevenção. ''Uma vez presente na lavoura é praticamente impossível ser erradicado'', alerta. Dessa forma, a orientação aos produtores é de que eles precisam saber conviver com os nematóides. As principais formas para isso são: rotação de culturas, cultivares resistentes, manejo do solo e da cultura e controle químico e biológico.

Ao realizar rotação de culturas, o agricultor precisa ficar atento para não plantar uma espécie suscetível aos nematóides, pois isso vai possibilitar a sobrevivência do patógeno durante a entressafra. ''O trigo é melhor que o milho para evitar essa ponte'', orienta Dias. A semeadura muito antecipada também não é recomendada para áreas com presença de nematóides, pois o tempo entre a colheita e o novo plantio não será suficiente para que a população do micro-organismo reduza significativamente.

De acordo com o pesquisador, a soja é o principal exemplo de que o uso de cultivares resistentes tem funcionado no controle aos nematóides. ''Especialmente nos casos dos nematóides de cisto e de galhas, várias cultivares resistentes estão disponíveis no Brasil'', relembra. O plantio direto contribui para o controle de nematóides de cisto - que poderiam se espalhar pela propriedade pelo maquinário agrícola utilizado. Entretanto, no caso dos nematóides das lesões radiculares e de galhas, se a cobertura utilizada for suscetível, o plantio direto vai garantir sua permanência durante a entressafra.

O pesquisador da Embrapa Soja avalia que a relação custo-benefício do controle químico geralmente não compensa em culturas anuais, como a soja. ''Os dados de controle são muito variáveis de uma safra para outra, cerca de duas sacas de ganho por hectare'', argumenta. Já o controle biológico pode ser realizado com fungos que combatem o nematóide. No entanto, Waldir afirma que a eficácia desse controle ainda é duvidosa. ''Acredito mais no controle natural. Aumentando o teor de nutrientes no solo, o produtor vai dar condições para os inimigos naturais dos nematóides atuarem melhor'', conclui.

Controle químico

Atualmente no Brasil, o controle químico é feito por tratamento de sementes com nematicidas. No final de 2010 a multinacional de agroquímicos Syngenta lançou uma nova opção para esse controle. ''O Avicta Completo possui ação nematicida, inseticida e fungicida de amplo espectro de controle para doenças de solo e de semente, para as culturas de soja e milho'', ressalta o gerente de marketing da Syngenta, Odanil Leite. Segundo ele, a semente é tratada com o nematicida Abamectina, que permanece no solo por até 40 dias após o plantio, protegendo a planta contra a ação dos nematóides.

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