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Convênio do BB ajudará produção para exportação


O Banco do Brasil (BB) assinou convênio ontem com o Centro Internacional de Comércio (ITC, na sigla em inglês), agência de cooperação técnica conjunta da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) e da Organização Mundial do Comércio (OMC). A parceria vai implantar pela primeira vez no Brasil, no âmbito do Fome Zero, o Programa de Geração de Emprego e Renda pela Exportação (Gere), aplicado pelo ITC em outros países em desenvolvimento cujos governos têm compromisso com a redução da pobreza.

Pelo acordo assinado ontem, o ITC fornecerá capacitação técnica a comunidades que já têm cadeia de produção, mas não têm condições de adequá-la ao comércio exterior. E promoverá o produto no exterior, com um selo social, em parceria com as agências estrangeiras do BB e a estrutura já usada pelo Ministério das Relações Exteriores para a promoção de produtos brasileiros.

O BB identificou três projetos candidatos ao programa piloto: da Sauípe S.A., de inclusão da comunidade carente na cadeia de produção do resort; da Fundação Banco do Brasil, de capacitação de produtores de caju em Fortaleza e Teresina; e da organização não-governamental Oscip Brasil, de produção de frutas exóticas no entorno do Distrito Federal. O ITC escolherá um deles como programa piloto. "Nós estruturamos a comunidade como se fosse uma empresa", diz o coordenador do programa do ITC, Jaime Crespo-Blanco. "Além disso, proporcionamos à comunidade formação em conceitos básicos de comércio exterior."

No caso das cadeias de caju de Fortaleza e Teresina, nas quais a Fundação BB deve anunciar aporte de R$ 2 milhões esta semana, o custo total de adequação ao comércio exterior é avaliado em R$ 4,5 milhões. Com o ITC, esse custo cai para R$ 3,8 milhões.

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