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Coopavel vai construir moinho de trigo em 2010

A aposta da empresa é no mercado que sofreu menos até agora os efeitos da crise internacional


A Coopavel, cooperativa agroindustrial de Cascavel (Região Oeste), vai investir em um moinho de trigo próprio. A obra será iniciada nos primeiros meses de 2010, com um investimento previsto de R$ 33 milhões. A aposta da empresa é no mercado que sofreu menos até agora os efeitos da crise internacional, ou seja, o interno. Uma das grandes exportadoras brasileiras de carne de aves e suína, a Coopavel também viu suas vendas recuarem desde o final do ano passado com as limitações em linhas de crédito para importação, especialmente de clientes russos.

A construção do moinho, que terá uma capacidade de processamento de 400 toneladas de trigo por dia, deve durar cerca de 24 meses e o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, espera ter a farinha com a marca da cooperativa circulando nos mercados da região Sul e Sudeste do País no final de 2011. "Queremos aproveitar a matéria-prima que temos, já que o Paraná é o maior produtor de trigo do Brasil", disse Grolli.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, na safra 2009/10, o Paraná produzirá 3,36 milhões de toneladas do cereal, das 5,85 milhões de toneladas da safra brasileira. Com seu moinho de trigo, a empresa passa a ter um processo industrial para toda a produção agropecuária de seus associados. "A única matéria-prima que não agregamos valor é o trigo", afirma Grolli.

A maior parte da produção de soja da cooperativa é processada na unidade de esmagamento, que tem capacidade para 800 toneladas de soja por dia. O milho produzido pelos cooperados é transformado em ração na indústria própria e atende a produção de aves e suínos, que são abatidos nos frigoríficos, também próprios.

A empresa também tem uma indústria de laticínios, que recebe 100 mil litros de leite por dia e um frigorífico bovino, com capacidade de abate de 200 cabeças/dia. De olho também na produção agrícola, a Coopavel inaugura no próximo mês uma fábrica de produção de fertilizantes, que recebeu um investimento de R$ 18 milhões e terá uma capacidade de produção de 300 mil toneladas por ano.

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