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Cooperativa Aurora diversifica produção


A Cooperativa Central Oeste Catarinense, mais conhecida como Coopercentral Aurora, de Chapecó (SC), está investindo na diversificação de sua atuação. A empresa, antes focada em atender o atacado, investiu, nos últimos anos, no varejo. Depois de lançar uma nova marca de leite longa vida, queijos, creme de leite e bebidas lácteas, a empresa vai colocar no mercado uma linha de pizzas congeladas. E pretende entrar no maior e mais competitivo de pizzas do Brasil: o estado de São Paulo.

"Esse é mais um passo na nossa estratégia de diversificação da linha de produtos", diz o presidente da cooperativa, José Zeferino Pedrozo. Na primeira fase, as pizzas Aurora serão distribuídas apenas em São Paulo. A experiência vai funcionar como um termômetro de avaliação da receptividade e do comportamento do público. A partir de São Paulo, a empresa programará o ingresso nos demais estados.

Após uma pesquisa de mercado, serão lançados seis sabores mussarela, calabresa, frango com requeijão, quatro queijos, presunto com champignon e toscana. "A pizza toscana tem o sabor personalizado de um dos produtos campeões de venda da Aurora, a lingüiça toscana", informa Pedrozo.

A empresa pretende, em seis meses, colocar o seu produto entre os mais vendidos em São Paulo. Ele chega para competir com pizzas congeladas da Sadia, Perdigão Agroindustrial, com as marcas Perdigão e Batavo, e Pif-Paf. A Aurora não informa o investimento feito, o faturamento nem o volume de vendas esperado com a linha.

A Coopercentral Aurora espera encerrar 2004 com faturamento de R$ 1,5 bilhão, receita 18% maior que a apurada em 2003.

No ano passado, a Aurora abateu 2,47 milhões de cabeças de suínos e 87,5 milhões de cabeças de frangos, além de processar 41 mil toneladas de laranja.

Preços bons para suínos:

"Apesar de alguns sobressaltos, o ano de 2004 foi bom", avalia José Pedrozo. No segmento de suínos, a remuneração manteve-se em níveis compensadores para o criador durante todo o período.

"Os preços em 2003 foram tão baixos que motivaram a redução do plantel. Dessa forma, a oferta estava ajustada no primeiro semestre deste ano", diz Pedrozo. "Já no segundo semestre, a demanda cresceu e faltou produto, o que garantiu a alta dos preços para o produtor rural. Por conta disso, a carne suína chega ao final do ano como uma das mais valorizadas".

Se o ano foi compensador para o criador, o mesmo não se pode dizer da indústria. "No primeiro semestre, a Rússia fixou cotas de importação do Brasil e, no segundo semestre, sofremos o embargo das importações russas por conta de um caso de febre aftosa no Amazonas", diz.

Avicultura:

Na avicultura, a ocorrência da gripe aviária em países asiáticos retirou do cenário internacional alguns concorrentes, e o Brasil pôde aumentar as vendas externas para níveis recordes neste ano.

Nos últimos dois meses, a variação do dólar afetou mais significativamente o setor agroindustrial. "Para que as exportações atinjam um nível razoável de ganhos é desejável que o dólar esteja cotado acima de R$ 3,10. A desvalorização do dólar reduz os ganhos do exportador. Mas acredito que esta seja uma situação transitória", afirma Pedrozo. Segundo ele, com o dólar na faixa de R$ 2,70 e com a tendência momentânea de valorização do real, o exportador perde receita e pode voltar a focar no mercado interno.

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