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Cooperativa avícola Aurora pode ter planta no RS

Carazinho (RS) disputa investimento de R$ 300 milhões com SC, MT e MS


O município gaúcho de Carazinho poderá receber uma indústria avícola. A Cooperativa Central Oeste Catarinense Aurora decide, nos próximos dias, onde fará o investimento de R$ 300 milhões na construção de planta para abate de 300 mil aves/dia. Disputam o empreendimento com o Rio Grande do Sul, os estados de Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O projeto gaúcho é capitaneado pelas quatro cooperativas ligadas à Aurora: Cotrijal, Cotrisoja, Cotrisal e Cotribá. Segundo o presidente da Cotrijal e conselheiro da Aurora, Nei Mânica, o município foi escolhido em função de questões logísticas. Ontem, as cooperativas apresentaram estudo de viabilidade econômica a secretários de Estado, em reunião no Palácio Piratini, em Porto Alegre. Participaram líderes das cooperativas, os secretários da Agricultura, João Carlos Machado; do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Nelson Proença, e o prefeito de Carazinho, Alexandre Goellner. Na próxima terça-feira, às 9h30min, o projeto será apresentado ao conselho da Aurora durante visita a Carazinho. Entre as ofertas a serem feitas à empresa estão questões referentes à área para o empreendimento, energia elétrica e água. "Os secretários nos disseram que farão o máximo possível para viabilizar o projeto, que, segundo eles, está dentro do plano da governadora Yeda Crusius de fomentar o agronegócio e gerar emprego", salientou Mânica. Ele aponta que o RS tem qualidade de mão-de-obra suficiente para receber o projeto.

A previsão é que as obras da planta sejam iniciadas até o final deste ano. Serão gerados 3,2 mil empregos diretos. Mânica acrescentou que mil aviários farão o abastecimento da unidade. "Mas não há dúvida de que esse projeto beneficiará toda a comunidade, que tem 20 mil famílias", disse. A produção será destinada aos mercados interno e externo. A unidade fabril ainda terá integrada uma fábrica de rações que absorverá boa parte da oferta local de milho e soja.

O prefeito de Carazinho destaca que, se concretizado, o empreendimento mudará o perfil econômico da região, que não tem tradição avícola. "Vamos industrializar a produção primária do agricultor", apontou Goellner. A Central Oeste Catarinense inclui 17 cooperativas. No RS, há uma unidade em Sarandi de abate de suínos. "Isso mostra que já temos know how", diz Mânica.

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