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Cooperativa Lar investe em fábrica de ração


A Cooperativa Agroindustrial Lar, de Santa Helena, oeste do Paraná, deverá investir R$ 60 milhões até 2004. Entre os projetos estão o aumento da produção no campo (matéria-prima) e também da área industrial. O presidente da organização, Irineu da Costa Rodrigues, disse durante a inauguração da mais nova unidade de rações da cooperativa que já definiu a ampliação dessa mesma unidade e também a instalação de uma fábrica de alimentos cozidos.

Os novos investimentos atendem, em grande parte, as exigências do mercado externo. "Exportamos 82% da nossa produção diária de 144 mil frangos para 27 países, que estão cada vez mais exigentes com questões como qualidade e segurança. A certeza de que não operamos com transgênicos é uma delas", afirmou ele.

Do total de investimentos previstos, cerca de um terço do valor virão das prefeituras dos municípios onde atua; parte de recursos serão próprios e parte será financiada pelo BNDES.

Dentro do plano de investimentos, consta a instalação de uma unidade de frangos cozidos, que ficará anexa à unidade de abate de aves. Para esse projeto estão previstos investimentos de R$ 20 milhões. O objetivo, informa o presidente, é industrializar as carnes de frango visando as exportações.

Conforme informou o presidente, no Brasil existem apenas cinco unidades de frangos cozidos, o que permitiu que a produção da unidade, que deverá estar funcionando a partir de setembro, tenha sido vendida antecipadamente.

A cooperativa também investirá, até 2004, R$ 20 milhões na instalação de uma unidade de produção de pintinhos (incubatório e matrizeiro) para fomentar o mercado interno. Outras três unidades de recepção que serão instaladas no Mato Grosso do Sul e deverão consumir R$ 3 milhões.

Em 2004, deve entrar em operação uma granja para produção de leitão com investimentos de R$ 4 milhões. A Lar tem hoje 4,6 mil associados espalhados por 13 municípios do Oeste do Estado e quatro unidades localizadas no Paraguai.

A nova fábrica de rações está localizada em uma área de 2,9 mil metros quadrados. Trata-se da segunda unidade de rações da cooperativa, na qual foram investidos R$ 6 milhões. Sua capacidade de produção é de 40 toneladas por hora. A aquisição de uma máquina misturadora irá dobrar a produção, permitindo que além de atender a demanda interna (de 40 toneladas) parte seja comercializada.

A cooperativa que previa inicialmente uma receita de R$ 609 milhões para o atual exercício deverá ser beneficiada pelo câmbio, podendo ter suas metas (antes consideradas arrojadas) superadas. "O preço das commodities está alto", afirma Rodrigues.

No último exercício a receita foi de R$ 480 milhões, em relação aos R$ 360 registrados no exercício anterior - crescimento de 33% em relação ao ano anterior. O lucro (sobra, na linguagem das cooperativas) foi de R$ 17 milhões. Em 2002, a cooperativa recebeu 1,5 milhão de sacas de soja e 1 milhão de milho, devendo atingir nesta safra quatro milhões de sacas de soja e dois milhões de sacas de milho.

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