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Cooperativas agropecuárias gaúchas vão à Brasília pedir definição para crédito rural

Cooperativas agropecuárias gaúchas estão reforçando junto ao governo federal pedido de estruturação de uma política de crédito


Levantamento da FecoAgro/RS com base em dados do Banco Central indicam que sistema foi responsável por 11,29% do montante de recursos disponíveis

As cooperativas agropecuárias gaúchas estão reforçando junto ao governo federal pedido de estruturação de uma política de crédito rural que atenda a necessidade do setor. A falta de definição de regras e números fizeram com que a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), acompanhada de presidentes de cooperativas, acionasse dirigentes no executivo e legislativo em Brasília (DF) para buscar soluções que não tragam perdas aos produtores e suas cooperativas.

Conforme documento encaminhado pela entidade, são inúmeros os reflexos positivos do crédito rural às cooperativas com impactos diretos ao produtor rural, em especial, pela rubrica de custeio, pois permite as mesmas se dirigirem ao mercado e negociarem seus insumos a preços adequados e fornecer tais insumos a preços acessíveis aos cooperados. Já no que tange à comercialização, a FecoAgro/RS reforça que o produtor rural sem apoio na comercialização vende mal o seu produto na pressão de oferta de safra, depreciando a renda do produtor rural. 

A entidade alega ainda que com instrumentos de política agrícola e através de cooperativas fortes o produtor mitiga os efeitos reversos, por comercializar em mercados melhor organizados. Já os recursos para investimentos permitem a ampliação e modernização de sua estrutura agroindustrial fundamental para produção de riquezas e empregos ao país. Dados do Banco Central indicam que de junho de 2018 a março de 2019 foram tomados R$ 136,57 bilhões em recursos, sendo que pelas cooperativas este montante foi de R$ 15,41 bilhões, ou seja, 11,29% do total que é repassado aos cooperados. O montante é 25,14% inferior ao volume tomado entre junho de 2017 e março de 2018, que foi de R$ 20,59 bilhões. "O crédito rural é muito importante porque as cooperativas têm sido as financiadoras especialmente do pequeno produtor, por meio de operações internas de fornecimento de insumos e comercialização de safras", observa o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires.

O documento foi entregue durante visita à Brasília (DF) nesta terça-feira, 2 de abril. Dirigentes das cooperativas agropecuárias gaúchas estiveram reunidos com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB/RS). Na audiência com Lorenzoni, o ministro salientou que o governo reconhece a importância do agronegócio e do cooperativismo para o país. Garantiu ao grupo dos representantes das cooperativas que haverá recurso suficiente para o bom andamento da atividade agropecuária e das cooperativas. Já no encontro com Moreira, o parlamentar salientou que existem mudanças em curso, mas que a FPA está trabalhando para que, se ocorrerem alterações, que sejam feitas em uma forma de transição para não comprometer o setor agropecuário brasileiro.

Com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, os representantes das cooperativas gaúchas ouviram o reconhecimento de que no ano passado já faltaram recursos e que neste ano não é diferente, mas garantiu que pelo menos o Plano Safra deverá ter o mesmo volume de recursos. "Fomos incisivos de que este investimento do crédito tem sido bom em termos de volume e taxa de juros, sendo compatível com a atividade e o resultado disto é um setor pujante em que toda vez que se divulgam números econômicos do país ele aparece entre os principais geradores de emprego e de divisa para o Brasil", ressalta Pires.

Participaram desta missão à Brasília, além do presidente da FecoAgro/RS, o vice-presidente da entidade e da CCGL, Darci Hartmann, e os presidentes da CCGL e Cotrijuc, Caio Vianna, da Cotrijal, Nei Mânica, da Cotripal, Germano Dowich, da Cotricampo, Gelson Bridi, da Coagrisol, José Luiz Leite dos Santos, e da Cotrisel, José Paulo Kraemer Salerno.
 

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