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Cooperativas de algodão em GO têm nova representatividade

A Cooperativas de Algodão de Goiás objetiva fortalecer o cooperativismo da cotonicultura no estado


Com o objetivo de fortalecer as nove cooperativas de produtores de algodão existentes no estado foi criada a Cooperativas de Algodão de Goiás. Uma entidade com espaço reservado na Casa do Algodão com toda a estrutura como telefone, sala individual e internet para reuniões e atender às demandas dos cooperados quando estiverem na capital. A nova entidade veio para fortalecer o cooperativismo da cotonicultura no estado e incrementar o Programa de Promoção da Qualidade do Algodão (Promoalgo).

De acordo com o representante das Cooperativas de Algodão, Luiz Renato Saparolli, a idéia surgiu depois da criação de outras entidades no interior do estado, por volta de 2004.O que fez com que a Allcotton se voltasse mais para municípios como Itumbiara e Montividiu, sudoeste goiano. Nesta mesma época houve também uma mudança na legislação referente à cobrança do Cofins e do Pis/Pasep sobre a importação de bens e serviços. A alteração foi prejudicial para o setor, mas também acelerou a idéia da necessidade de uma cooperativa mais forte que representasse toda a cotonicultura do estado.

A mudança ocorrida em 2004 encareceu em cerca de 11% a importação de insumos. Então, entidades de classe ligadas ao campo, parlamentares e partidos políticos conseguiram um acordo para que a Medida Provisória (MP) que regia o tema fosse modificada. As alíquotas do PIS e da COFINS incidentes na importação e na comercialização no mercado interno de fertilizantes, defensivos agropecuários e sementes foram reduzidas à zero.

Mas outra proposta, a que consistia em estender o Crédito Presumido às pessoas jurídicas que adquiriram bens e serviços de pessoas físicas fez com que os cooperados ficassem mais próximos das cooperativas. Na ocasião,Saparolli explica que os produtores sentiram a necessidade de fortalecer as cooperativas de suas regiões.

Ele comenta que de uma maneira lenta de gradativa a Cooperativas de Algodão de Goiás foi sendo discutida e instalada. Saparolli garante que, à frente da nova entidade, pretende encontrar um meio de comunicação e organização para conduzir os trabalhos. "Teremos que inventar os rumos das ações, não existe uma formula pronta". Ele pretende ainda abrir e manter um canal de

comunicação entre as cooperativas do estado.

Para Saparolli, todas as cooperativas terão o mesmo grau de importância, independente da localização ou níveis de produção. Ele conta que, devido ao excesso de trabalho causado pelo início da colheita da safra deste ano, ainda não realizou nenhum ato de ocupação do novo espaço na Casa do Algodão. "O plano de gerenciamento dos trabalhos será traçado com o desenrolar das tarefas", justifica.

Mesmo sem o início efetivo das ações da nova cooperativa, a mudança já agrada as lideranças das entidades espalhadas pelo interior do estado. Para o diretor executivo da Cooperativa de Desenvolvimento na Qualidade Total do Agronegócio do Sudoeste Goiano (Cooperquality), Múcio Fernando Rodrigues, a iniciativa vem de encontro aos interesses de todos os cooperados. "Eu mesmo já utilizei a sala da Cooperativa em Goiânia e digo que a medida foi uma boa idéia porque o espaço ajudará a prestar assistência para qualquer cooperado que necessite", comemora.

Segundo o conselheiro fiscal da Cooperativa dos produtores de Algodão de Mineiros Goiás (Confibra), Dermeval Rodrigues Cunha, a união facilitará o acesso à estrutura na Casa do Algodão. "É uma idéia muito interessante. Só o fato de termos um lugar só nosso já ajuda quando estivermos em Goiânia", comenta. Ele diz que ainda não conhece o novo espaço, mas acredita que o uso da estrutura também servirá para agregar forças à representatividade dos produtores de algodão do estado.

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