As cooperativas agropecuárias do Brasil vão iniciar um movimento de retração a partir dos próximos anos. Das 1,66 mil cooperativas existentes no país e cadastradas em 2002 a tendência é de que em termos absolutos o número comece a crescer menos, se estabilize para finalmente começar a se retrair. Em relação a 2001 o número de entidades registradas na Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) no ano passado foi de 10% maior. “Acreditamos que já a partir desse ano deva ocorrer um crescimento ainda, mas em níveis menores. Não é impossível identificar quando que o recuo começará a ocorrer, já que esse movimento ainda é novo aqui no Brasil”, afirma Flodoaldo Alves de Alencar, superintendente da OCB.
O representante da entidade acredita que só as cooperativas mais competentes e com melhor administração é que permanecerão no mercado, já que mesmo com o pensamento cooperativo, a atuação dessas entidades está cada vez mais empresarial. “A partir de 1999 as cooperativas nacionais começaram a se preparar para enfrentar a concorrência do mercado. O Programa Nacional de Revitalização das Cooperativas Agropecuárias (Recoop) – para alongamento das dívidas, financiamento e restruturação das cooperativas – foi o marco dessa mudança”, afirma Alencar.