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Coopercentral Aurora aumenta preço do suíno

A nova base de remuneração ao criador passa a valer nesta segunda-feira


Uma lenta, mas firme, escalada de recuperação da remuneração dos criadores de suíno consolida-se na entrada do último trimestre do ano: a Coopercentral Aurora – maior compradora e abatedora de suínos de SC – elevou em 4,5% o valor pago aos suinocultores pelo preço do quilograma de suíno vivo que sobe de R$ 2,25 para R$ 2,35. Acrescido do adicional de tipificação (em média 8%), a remuneração final ao criador atinge R$ 2,50/kg para animais em pé entregues aos frigoríficos.

A nova base de remuneração passa a valer nesta segunda-feira (4-10) e configura o 13º reajuste deste ano. As demais agroindústrias acompanharão o novo patamar de preços. A qualidade da carcaça é avaliada pelo sistema de tipificação, chegando a R$ 2,50/kg na propriedade, já que é o frigorífico o responsável pelo transporte do suíno.

O presidente da Coopercentral, Mário Lanznaster, explicou que os novos preços representam uma remuneração compensatória para os produtores rurais. A atividade pecuária voltou a ser lucrativa, apesar do aumento do preço do milho, o principal insumo da suinocultura.

“A tendência de alta deve manter-se durante este semestre e acentuar-se em novembro/dezembro, com novo reajuste de 5 a 10 centavos até o fim do ano”, prevê Lanznaster. Os preços não devem subir muito mais que isso, por um lado, porque os valores estão compensatórios e, de outro, porque não há excesso nem escassez de matéria-prima (carne suína) nas indústrias.

Todo o esforço de recuperação do setor realizado em 2009 e, principalmente, em 2010, faz com que o atual preço básico (R$ 2,35/kg) seja exatamente o preço praticado em outubro de 2008, antes da violenta crise financeira internacional, que derrubou as exportações brasileiras e provocou uma crise sem precedentes na cadeia industrial da suinocultura.

“Isso mostra como foi profunda e devastadora a crise de 2008 da qual somente saímos em 2010”, observa o presidente da Coopercentral Aurora. Desde aquele ano, o mercado vivia um difícil período de oferta excessiva de suínos vivos para as indústrias e desajuste cambial, situação agravada com a queda nas exportações e redução do consumo.

Em 2010, entretanto, a demanda cresceu e os preços no mercado internacional começaram a melhorar. “Estamos vivendo uma gradual recuperação dos níveis de preços porque, entre outras razões, os suinocultores e as agroindústrias conseguiram ajustar os níveis de produção com os níveis de consumo para evitar distorções nos preços”, enfatizou Mário Lanznaster.

TAMANHO

A suinocultura representa a maior cadeia produtiva de Santa Catarina, gerando 65 mil empregos diretos e 140 mil indiretos. Cerca de 55 mil produtores dedicam-se a atividade. O rebanho permanente é de 6 milhões de cabeças. Em 2009, a produção catarinense atingiu 750.000 toneladas de carne, 25% do que o Brasil produz. A suinocultura catarinense continua sendo a maior do país.

As informações são da Coopercentral Aurora.

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