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Copebrás aumenta capacidade de produção


Em sua primeira viagem a Goiás após a posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ontem da inauguração do novo complexo mínero-químico da Copebrás, fabricante de ácido sulfúrico e ácido fosfórico controlada pelo grupo Anglo American, usado para fabricação de adubo. A construção consumiu US$ 140 milhões em investimentos, com 35% dos recursos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Quando a nova unidade industrial atingir sua capacidade máxima, a produção de concentrado de rocha fosfática em Goiás deverá aumentar em torno de 30%, com a Copebrás praticamente dobrando sua capacidade instalada, para 1,2 milhão de toneladas/ano. O faturamento da empresa deverá igualmente dobrar, saindo de US$ 130 milhões para algo entre US$ 250 milhões e US$ 270 milhões em dois anos, segundo o gerente geral de Operações da Copebrás em Catalão, Jarbas Melo.

Considerada a atual situação do mercado, a Copebrás ganhou fôlego para abocanhar 25% do mercado nacional de fertilizantes fosfatados. Catalão passará a responder por 60% da capacidade de processamento da Copebrás, que tem ainda uma unidade em Cubatão (SP), com uma produção estimada em 720 mil toneladas anuais distribuídas entre ácido fosfórico, superfosfato simples, superfosfato triplo e monoamônio fosfato.

O grupo, porém, alimenta planos mais ambiciosos desde que colocou um pé na polêmica área 5 - uma jazida com reservas medidas de aproximadamente 10 milhões de toneladas de rocha fosfática e outras 12 milhões de toneladas indicadas, com teor entre 11% e 12% de óxido de fósforo. No mês passado foi encaminhado ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) um plano de aproveitamento econômico da jazida.

Assim que for confirmado o decreto de lavra, a empresa lançará uma nova expansão de seu complexo no sul de Goiás com previsão de investimento de US$ 20 milhões, prevendo-se um aumento de 20% na capacidade, que passaria a algo em torno de 1,44 milhão de toneladas.

Co-geração de energia

A fábrica de ácido sulfúrico, com capacidade para produzir 460 mil toneladas por ano inaugurada ontem, permitirá não só a pretendida diversificação do complexo da Copebrás. A unidade recebeu investimento extra de US$ 11 milhões destinados à instalação de um sistema de co-geração de energia que reduzirá a dependência do complexo em relação ao sistema elétrico tradicional permitindo a geração de uma energia a partir do vapor gerado no processo de produção do ácido.

Antes da expansão, a Copebrás tinha garantida uma demanda de 9 megawtts (MW). A demanda contratada cresceria, agora, para 25 MW ou 178% a mais.

O sistema de co-geração permitirá cobrir 46% das necessidades de energia, o que representa uma demanda de 11,5 MW. O sistema foi projetado para operar com uma folga técnica ao redor de 10% a 15% do consumo, de forma a assegurar uma margem de segurança que permita à empresa flexibilidade ao programar sua operação nos momentos de pico de consumo.

kicker: Anglo American investe cerca deUS$ 140 milhões em fábrica de matérias-primas para adubos

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