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Cotação da soja pode atingir menor nível em três anos


A queda da demanda mundial, aliada ao aumento da produção global deve fazer com que os preços da soja atinjam seu pior nível em três anos, segundo a consultoria Linn Group. Parte dessa grande oferta está prestes a ser colhida no Brasil, que produzirá, novamente, uma safra recorde da oleaginosa.

Os registros de exportação de soja brasileira, que começa a ser embarcada no dia 1º de fevereiro, registra uma retração de 84% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dado divulgado em 31 de dezembro, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume registrado para embarque é de 1,04 milhão de toneladas.

O preço da soja, que é processada para a fabricação de ração animal e óleo de cozinha, caiu 52%, após ter atingido seu pico mais alto dos últimos 15 anos, em abril passado. As processadoras, que já foram prejudicadas pelos crescentes custos do transporte marítimo e pela diminuição das margens de lucro, reduziram suas compras porque esperam que a oferta seja abundante.

Soja a US$ 4,25:

"As vendas dos americanos devem enfrentar uma parada abrupta no início de março, à medida que os compradores esperam para ver quão baixos os preços podem ficar após a colheita brasileira começar", afirma Roy Huckabay, vice-presidente-executivo do Linn Group, de Chicago. Os preços podem chegar US$ 4,25 o bushel, seu nível mais baixo desde janeiro de 2002, disse Huckabay.

Se a previsão estiver correta, os investidores podem mais do que triplicar seus investimentos por meio da comercialização do produto. A venda de um contrato com vencimento em julho, à cotação de hoje, de US$ 5,235 o bushel, em uma aposta de que os preços cairão, renderia um lucro de US$ 4.475 para cada contrato negociado.

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