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Cotações da soja, após atingirem a US$ 10,00/bushel

Previsões climáticas positivas para a colheita nos EUA, associadas ao retorno das chuvas em boa parte das regiões produtoras do Brasil


As cotações da soja, após atingirem a US$ 10,00/bushel, para o primeiro mês cotado, no dia 13/10, recuaram durante esta nova semana de outubro, confirmando que o movimento altista, centrado na especulação em torno de números do relatório de oferta e demanda do USDA, não tem sustentação nos fundamentos do mercado. Com isso, o fechamento deste dia 19/10 ficou em US$ 9,86/bushel.

As previsões climáticas positivas para a colheita nos EUA, associadas ao retorno das chuvas em boa parte das regiões produtoras do Brasil, esfriaram o mercado. A cada dia que passa vai se consolidando a possibilidade de uma safra recorde nos EUA. A colheita chegou a 49%da área no dia 15/10, contra 60% na média histórica para esta época. Ao mesmo tempo, 61% das lavouras que faltavam ser colhidas apresentavam condições entre boas a excelentes.

Na América do Sul, o clima bem mais chuvoso neste mês de outubro, com tendência a novas chuvas para o restante do mês, tem melhorado o quadro de plantio da nova safra.

Paralelamente, as inspeções de exportação de soja por parte dos EUA atingiram a 1,77 milhão de toneladas na semana encerrada em 12/10, ficando abaixo do registrado no ano passado nesta data (2,56 milhões de toneladas). No acumulado do ano comercial atual, iniciado em 1º de setembro, as inspeções somam 7,23 milhões de toneladas, contra 7,83 milhões no ano anterior.

Por sua vez, a Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) informou que o esmagamento de soja atingiu a 3,71 milhões de toneladas em setembro, contra 3,88 milhões em agosto.

Ao mesmo tempo, a China informou que seus estoques de óleo de soja chegou a um recorde de 1,6 milhão de toneladas nesta semana, contra 1,3 milhão em igual momento do ano anterior. A forte demanda pelo farelo, acaba não encontrando o mesmo comportamento junto ao óleo, fato que traz esta situação aos chineses.

No Brasil, enquanto o plantio chegava a 11% da área esperada no dia 13/10, segundo Safras & Mercado, ficando dentro da média histórica, apesar da falta de chuvas em algumas regiões, os preços melhoraram mais um pouco na semana, puxados pelo câmbio, que trabalhou ao redor de R$ 3,18 mais para o final da mesma. Assim, o balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 61,88/saco, enquanto os lotes registraram R$ 67,00/saco em média. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 57,50/saco em Canarana (MT) e R$ 67,50/saco no norte e centro do Paraná. Nas demais praças nacionais os lotes ficaram em R$ 60,50/saco em Chapadão do Sul e São Gabriel (MS); R$ 61,00 em Goiatuba (GO) e Pedro Afonso (TO); e R$ 62,30/saco em Uruçuí (PI).

Em termos de plantio da nova safra, o Paraná atingia a 39%, contra 30% na média histórica, o Mato Grosso atingia a 8%, contra 18% na média; Mato Grosso do Sul 25%, contra 17%; Goiás 5%, contra 4%; São Paulo 5%, contra 0,6%; e Minas Gerais 3%, contra 2% na média histórica.

No geral, o mercado não possui elementos que ofereçam sustentação às cotações em Chicago e aos preços no Brasil, salvo janelas de curta duração por motivos especulativos passageiros.
 

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