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Cotações da soja em Chicago estabilizaram durante a semana

Neste último caso, aliás, até o dia 17/09 a área colhida nos EUA chegava a 4%, estando praticamente dentro da média



As cotações da soja em Chicago, apesar do relatório do dia 12/09 ter sido baixista, acabaram se estabilizando durante a semana, com leve viés de alta. O fechamento deste dia 21/09 ficou em US$ 9,70/bushel, contra US$ 9,67 uma semana antes.

Na prática, além de o mercado, inicialmente, considerar muito otimista o relatório do USDA, igualmente as fortes exportações de soja por parte dos EUA e a seca em diversas regiões brasileiras e argentinas estão impactando o mercado. 

Quanto às exportações, as mesmas, na semana anterior atingiram mais de 1,6 milhão de toneladas, ficando acima do que o mercado esperava. Nesta semana, o volume chegou a 1,2 milhão de toneladas exportadas em alguns dias (as inspeções de exportação, na semana encerrada em 14/09, atingiram a 928.575 toneladas, acumulando no atual ano comercial, iniciado dia 01/09, um total de 2,04 milhões de toneladas, contra 1,91 milhão em igual momento do ano anterior) . Ao mesmo tempo, o petróleo subiu em Nova York (em função dos efeitos dos furacões que atingem o Caribe e o sul dos EUA) e o dólar perdeu força no mercado externo, favorecendo as vendas da soja. No entanto, nota-se que os motivos desta certa firmeza em Chicago são muito conjunturais. Logo o mercado começará a sofrer as consequências da colheita da safra estadunidense.

Neste último caso, aliás, até o dia 17/09 a área colhida nos EUA chegava a 4%, estando praticamente dentro da média. E as primeiras produtividades indicam bons números, com um dos principais estados produtores (IOWA) apontando produtividade acima de 78 sacos/hectare. Obviamente esta média deverá recuar, porém, tudo indica que a safra estadunidense possa mesmo ultrapassar as 120 milhões de toneladas, confirmando o quadro apontado pelo USDA e desmobilizando as apostas mais pessimistas do mercado (cf. Safras & Mercado). Tal situação, caso se confirme durante as próximas semanas tende a puxar para baixo as cotações em Chicago. Porém, há muitas contradições a respeito da produtividade média estadunidense, com parte do mercado ainda considerando que a mesma será menor do que a registrada no ano de 2016. Porém, em termos de volume final não se pode esquecer que a área semeada cresceu 7% neste ano.

Dito isso, igualmente até o dia 17/09 as condições das lavouras nos EUA eram de 59% entre boas a excelentes, 12% entre ruins e muito ruins e 29% regulares.

Em termos técnicos, o mercado está atento à chamada média móvel de 200 dias em Chicago, hoje em US$ 9,79/bushel para novembro. Segundo a AgResources o mercado deve tentar quebrar esta média, porém, somente obterá êxito com alguma confirmação de produção menor da soja estadunidense no curto-prazo.

Enfim, muita atenção daqui em diante ao comportamento climático na América do Sul e especialmente no Brasil, onde há tendência de continuidade na falta de chuvas no Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul do país.

No Brasil, nada de grandes modificações no cenário. Os preços internos continuaram pouco atrativos e os negócios limitam-se a volumes pouco expressivos na medida em que o câmbio também não vem ajudando (R$ 3,13 por dólar em parte desta semana).
Com isso, o fechamento da semana, na média do balcão gaúcho, ficou em R$ 60,84/saco, enquanto os lotes permaneceram entre R$ 65,00 e R$ 66,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 55,50/saco em Sorriso (MT) e R$ 68,00/saco em Campos Novos (SC), passando por R$ 58,50 em Chapadão do Sul e São Gabriel (MS); R$ 62,00 em Pedro Afonso (TO); R$ 64,00 em Uruçuí (PI) e R$ 59,00/saco em Goiatuba (GO). 
 

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