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Cotações do trigo em Chicago chegaram a bater em US$ 4,72/bushel

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação ficou entre US$ 175,00 e US$ 195,00


As cotações do trigo em Chicago chegaram a bater em US$ 4,72/bushel no transcorrer desta semana, se constituindo na melhor cotação em um ano. Posteriormente, a realização de lucros por parte dos operadores trouxe a mesma, no fechamento desta quinta-feira (22), para US$ 4,61/bushel.

O clima ruim nas regiões produtoras estadunidenses de trigo, somado as boas vendas externas do produto norte-americano, são as principais razões deste comportamento altista.

Quanto ao clima, o relatório das condições das lavouras estadunidenses confirmou que, até o dia 18/06, as mesmas pioraram, ficando 41% entre boas a excelentes (45% na semana anterior), 32% regulares (35% uma semana antes) e 27% entre ruins a muito ruins (20% na semana anterior).

Somou-se a esse quadro a informação de perdas igualmente na safra da França devido ao clima.

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação ficou entre US$ 175,00 e US$ 195,00. 

No Brasil, os preços internos pouco se modificaram, embora a tendência continue sendo de alta para o restante deste ano comercial que se encerra em 31/08. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 30,81/saco, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 34,80 e R$ 37,20/saco. No Paraná, os lotes ficaram entre R$ 38,40 e R$ 39,60/saco, enquanto o balcão praticou valores médios entre R$ 31,50 e R$ 34,00/saco. Em Santa Catarina, o balcão se manteve entre R$ 32,00 e R$ 36,00/saco.

Quanto ao plantio da nova safra de trigo nacional, enquanto o Paraná avançou para 86% da área esperada, o Rio Grande do Sul estaria ao redor de 20% apenas, quando o normal para esta época do ano seria 60% da área semeada. Esse quadro deverá levar a uma redução bem mais sensível na área gaúcha, podendo a mesma ficar entre 20% a 30% em relação ao ano anterior. Na Argentina, o plantio da nova safra estaria ao redor de 40% da área.

Vale ainda destacar que no Paraná as condições das lavouras semeadas pioraram um pouco nesta semana, com 95% em boas condições e 5% regulares. Em torno de 13% das mesmas estariam em fase de germinação naquele Estado.

Enfim, os motivos de alta nos preços permanecem, adicionados agora pela possível redução maior no volume a ser colhido de trigo neste ano no Brasil. Somou-se a isso a desvalorização do real durante a semana, a qual, ao ultrapassar os R$ 3,30, deixa o trigo nacional mais competitivo frente ao produto importado, embora já não haja muita oferta do cereal oriundo da última safra no país.
 

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