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Cotonicultores devem se atentar ao vazio sanitário

Pelo menos seis estados já estão no período onde não podem haver plantas vivas na lavoura


Foto: Divulgação

O período de vazio sanitário do algodoeiro começou no dia 1º de outubro no Mato Grosso. A data vale para a região 1, que vai do Sul até o Vale do Araguaia, e não pode ocorrer plantio até 30 de novembro. Na região 2, que abrange o Norte e o Oeste, vai do próximo dia 15 até 14 de dezembro.

Nesse período é proibida a existência de plantas vivas de algodão com risco fitossanitário, que são as tigueras acima do estádio V3, as plantas rebrotadas (soqueiras) com mais de quatro folhas por broto ou plantas que possuam estruturas reprodutivas. São 702 propriedades produtoras de algodão do Estado.

“É de suma importância o monitoramento constante das áreas e a eliminação de plantas de algodão com risco fitossanitário, sejam elas rebrotas ou germinadas para atingirmos o objetivo do vazio sanitário, que é o de minimizar a população do bicudo-do-algodoeiro para a safra seguinte”, alerta a coordenadora de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, Silvana da Silva Amaral. O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso fará a fiscalização.

O descumprimento da medida fitossanitária pode acarretar aplicação de multa ao produtor rural, no montante de 30 Unidades Padrão Fiscal (UPF/MT) mais 2 UPFs por hectare, além do comprometimento da produção das propriedades na safra seguinte.

Já na Bahia a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) estabelece o período de 20 de setembro a 20 de novembro para que os produtores cultura eliminem plantas vivas do algodoeiro (soqueiras e tigueras) do campo. Neste ano houve alterações na classificação das tigueras a pedido dos cotonicultores. Assim passam a ser consideradas plantas vivas somente aquelas acima do estádio V3 e soqueiras com mais de quatro folhas por broto ou presença de estruturas reprodutivas. Antes da portaria, toda e qualquer planta viva encontrada representava uma infração ao produtor.

Em Minas Gerais o período vai de 20 de setembro a 20 de novembro e segundo o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) envolve 50 propriedades produtoras de algodão. "O cumprimento do manejo contribui para reduzir o número de ocorrências das pragas e aumentar saúde e produtividade da lavoura. Se detectadas quaisquer tipos de inconformidades durante a fiscalização, o produtor é notificado e tem um prazo máximo de 10 dias para erradicar as plantas presentes na propriedade", alerta o gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, engenheiro agrônomo Nataniel Nogueira.

No Mato Grosso do Sul o período vai de 1º de outubro a 30 de novembro. Em Goiás o calendário é dividido conforme a região. Na região 1 vai de 15 de setembro a 25 de novembro; na 2 de 20 de setembro e vai até 30 de novembro; na 3 de 11 de setembro até o dia 19 de novembro e na região 4 vai de 10 de novembro e vai até 20 de janeiro. A relação de municípios por região pode ser vista aqui.

A medida visa prevenir e combater a proliferação de pragas, em especial o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis). O pequeno inseto é considerado uma das piores pragas da cultura, com potencial de destruir até 70% da lavoura em uma única safra. Em situações de altas infestações da praga e falta de botões florais, o ataque pode se alastrar em flores e maçãs.

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