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Cresce receita com exportações de café


Embarques brasileiros do grão subiram 60% em janeiro e atingiram US$ 125,7 milhões. As exportações de café verde e solúvel do Brasil tiveram um aumento de receita de 59,9% em janeiro, em comparação com o mesmo mês de 2002. Levantamento realizado pelo Conselho dos Exportadores de Café Verde do Brasil (Cecafé) indica que no mês passado foram embarcados US$ 125,76 milhões em café, em relação à arrecadação de US$ 78,63 milhões em janeiro de 2002.

"O aumento na receita reflete a recuperação dos preços no mercado internacional, iniciada em setembro do ano passado", diz Guilherme Braga, diretor-geral do Cecafé. Entre setembro de 2002 e janeiro de 2003 os preços subiram 18,26% na Coffee, Sugar and Cocoa Exchange (CSCE), de Nova York, que é referência mundial.

Aumento de receita

O representante dos exportadores informa que para este ano é aguardado um aumento de receita da ordem de 20% sobre o faturamento com exportações de 2002, quando foram embarcados US$ 1,35 bilhão em café. "As altas nos preços tem sido moderadas até agora, mas consistentes. A oferta no mercado internacional será menor e por isso esperamos esse crescimento", diz Braga.

Volume maior

No que se refere ao volume, as exportações do mês de janeiro também evoluíram. No mês passado o País embarcou 2,24 milhões de sacas de 60 quilos, 39% a mais que o volume exportado em janeiro de 2002 - 1,61 milhão de sacas. "A demanda por robusta no mercado mundial continua crescente e no que diz respeito ao arábica, conseguimos aumentar as exportações em um mês que geralmente enfrentamos a concorrência direta dos cafés colombianos e da América Central", afirma Braga, ao referir-se ao período de colheita da safra nas duas regiões, que vai até maio.

As vendas de robusta ao mercado internacional somaram 293,04 mil sacas em janeiro, elevação da ordem de 170% sobre as 108,22 mil sacas do mesmo mês do ano passado. Já as exportações de arábica foram ampliadas em 31,8%, subindo de 1,34 milhão para as atuais 1,77 milhão de sacas, na comparação com os meses de janeiro. "Tivemos um ganho efetivo de mercado com o aumento dos embarques de arábica, já que a safra da Colômbia e dos países da América Central está menor. No robusta, continuamos preenchendo o espaço deixado pelo Vietnã para atender a demanda pela variedade que continua crescendo", diz.

No ano passado os embarques totalizaram 27,993 milhões de sacas, volume 19,3% superior ao registrado no período anterior. Para este ano, no entanto, espera-se que as exportações fiquem ao redor de 26 milhões de sacas, o que significaria uma queda de 7,11%. Mesmo com a retração, Braga acredita que a participação de 31% obtida pelo Brasil no mercado internacional em 2002 seja mantida.

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