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Crescimento indesejado

Buva e ervas daninhas resistentes ao glifosato tiram o sono de produtores e empresas


Buva e ervas daninhas resistentes ao glifosato tiram o sono de produtores e empresas

Há algum tempo, uma erva daninha incomoda produtores de soja do Brasil e, sobretudo, as empresas de defensivos agrícolas. A buva é hoje a principal preocupação que acomete a lavoura de soja, seja pelos danos provocados à semente ou pela sua resistência aos herbicidas.

A erva rouba luz, água, nutrientes e ainda impede o desenvolvimento da soja. Segundo especialistas, um único pé de buva produz até 60 mil sementes. E ela é 2 mil vezes mais leve que a semente de soja, uma espécie de pluma, facilmente espalhada pelo vento.

O grande problema é que há cerca de quatro anos a buva era facilmente eliminada pelo glifosato. Porém, o gene do vegetal sofreu mutações e agora resiste ao produto. O assunto foi notícia recente nos jornais “The New York Times” e “The Wall Street Journal”, que falou sobre o aumento de ervas daninhas super-resistentes nos EUA, entre elas a buva. É necessário combinar dois ou até três herbicidas para contê-las.

Uma das formas de combatê-las é apostar nas culturas de inverno. Em pleno mês de junho, quatro meses antes do início do plantio (em outubro), produtores cultivam aveia, trigo ou azevém, além de aplicar defensivos – uma combinação de várias metodologias para minimizar o desenvolvimento da praga. “Plantamos esta cultura para conseguir um efeito supressor. A planta faz o que está em volta não nascer. Além disso, uma camada de palha fica sobre o solo para abafar a buva”, explica Mauro Bianchini, um dos proprietários da Celeiro Agrícola, de Carazinho.

Entre as companhias de defensivos agrícolas, os principais esforços estão focados em meios de combater a buva. Os produtos mais indicados no momento são o paraquat e o clorimuron. Tuan Le, diretor da Sinon no Brasil, lembra que o número de ervas resistentes ao glifosato cresce não apenas no país, mas em todo o mundo. Ressalta que existem herbicidas mais fortes para combater o problema, mas eles têm restrições de uso. Lembra que os EUA utilizam a tecnologia transgênica há mais tempo que o Brasil – é o “marco zero” da luta entre a natureza e sementes geneticamente modificadas. “Basta olhar o que está acontecendo nos EUA hoje. É como estará o Brasil daqui a cinco anos, a menos que a gente aprenda com os erros deles”, alerta. As informações são da assessoria de imprensa da Sinon.

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